ciamonto provisório e, dentro de certos limites, os saldos resultantes de acordos bilaterais de pagamentos, notificados à O. E. C. E. As perspectivas da cessação da U. E. P. antes de 30 do Junho de 1956 pela passagem à convertibilidade da libra e das outras moedas europeias que naturalmente a seguiriam nesse movimento, não parecem hoje muito próximas.

Nos últimos meses, com efeito, o Reino Unido tem experimentado dificuldades sérias na sua balança externa. O aumento das importações, nomeadamente da zona dólar, não foi compensado por um correspondente acréscimo de exportações, e o nível das reservas da zona esterlina baixou sensivelmente. A isto acresce um condicionalismo interno que essencialmente se traduz num desequilíbrio entre a oferta e a procura (interna) de mercadorias e de mão-de-obra.

Paro corrigir esta situação já o Governo Britânico começou a tomar as medidas adequadas, a que atrás se fez referência.

E na última reunião do Fundo Monetário Internacional, realizada em Istambul, em Setembro passado, o Chanceler do Tesouro Britânico, ao reafirmar o desejo do Governo Inglês ide caminhar para a convertibilidade, acentuou, todavia, a necessidade de agir com prudência na conjuntura actual, sublinhando que o equilíbrio dos pagamentos mundiais não assenta ainda em base sólida.

Em face disto, o Reino Unido propõe-se, como c natural, reforçar a sua economia interna e declara que para a realização deste objectivo não recorrerá a controles directos nem voltará atrás no caminho já andado no sentido de uma maior liberdade do comércio e dos pagamentos. Será, antes, na linha de redução das despesas a realizar pelo Governo, autoridades locais e empresas nacionais, no afrouxamento de certos investimentos, na orientação para a exportação de uma parte cada vez maior da produção nacional que o Governo Inglês parece querer encontrar o remédio da situação presente.

Por isso se julga não estar iminente a convertibilidade das moedas. Ela, de resto, não constitui, em si, um fim, antes deverá ser considerada um meio para a realização de determinados objectivos de política económica. O sistema da U. E. P., com o seu mecanismo de compensação multilateral e de concessão automática de créditos, permitiu aos países da Europa Ocidental, reunidos na O. E. C. E., realizar seguro avanço na senda do progresso por que enveredaram.

O abandono deste sistema só deverá ter lugar quando a passagem u convertibilidade não apresentar o risco de uma contracção do comércio intereuropeu e, mesmo, do regresso a um certo tipo de bilateralismo, que tanto - e com tanta razão - se condenou.

Situação da produção e suas perspectivas A comparação entre os resultados do ano agrícola de 1954 e os de 1955, para os produtos cujas estimativas são publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística 1, mostra uma melhoria, das produções de 1900 quanto ao arroz, azeite, grão-de-bico e feijão de sequeiro.

Estimativas de algumas produções agrícolas em 1955 (a)

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(b) Comissão Reguladora do Comércio de Arroz.

Dos doze produtos considerados, ùnicamente três (arroz, vinho e azeito) apresentam colheitas superiores à média do último decénio.

A colheita do trigo, por muito baixa, terá a maior repercussão na economia do País, circunstância esta agravada ainda pelo facto de as demais produções de cercais, exceptuando o arroz, serem igualmente menores que as de 1954.

Para uma melhor elucidarão da presente situação cerealífera transcrevem-se o- números referentes ao movimento dos cereais recebidos (toneladas) pela F. N. P. T.:

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odução vinícola originou, como conhecidas são as medidas tomadas no sentido de permitir ao organismo de coordenação respectivo fazer a necessária intervenção no mercado.

1 Como não estão ainda publicadas as estimativas das produções de arroz, azeite e vinho, utilizaram-se os dados fornecidos pelos respectivos organismos de coordenação económica.