Entre os produtos cuja exportação diminui devem salientar-se, pelo seu especial significado, os tecidos de algodão (- 128 000 contos) e os vinhos (- 12 000 contos).
Principais mercadorias exportadas para o estrangeiro
(Em milhares de contos)
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Mas, à parte os casos dos tecidos de algodão e dos vinhos, cumpre reconhecer que a exportação, se não alcançou o nível que pode e as necessidades do País lhe impõem atingir, não tem, no entanto, reagido mal.
E será justo relembrar que a maioria dos mercados europeus se encontra hoje, por virtude de liberalização, aberta aos nossos produtos: a título de exemplo se nota que o sensível incremento da exportação de conservas de peixe não teria sido possível se não fora o ter-se, salvo uma ou outra excepção, suprimido o regime de contingentes fixados em acordos bilaterais - sistema que, quando vigore em clima de normalidade dos mercados, nos será sempre desfavorável, uma vez que não disporemos então nem da posição nem da variedade e equilíbrio que caracterizam a composição dos excedentes exportáveis de alguns dos países nossos concorrentes.
Mas não basta que os mercados estejam abertos e tudo faça supor que o estejam com carácter de estab ilidade; cabe-nos a nós aproveitar e valorizar a possibilidade que nos é oferecida. Este aproveitamento depende da melhoria da produção - em quantidade, qualidade e capacidade de adaptar-se às contínuas e por vezes caprichosas exigências do consumo - e depende igualmente da organização comercial que pusermos ao serviço da colocação dos nossos produtos no estrangeiro.
Na verdade, o quadro XXII mostra que, só por si, onze produtos são responsáreis por cerca de 41 por cento do total da importação do estrangeiro no ano corrente. Os restantes 59 por cento suo preenchidos por centenas de materiais e produtos da mais variada natureza e diferente utilidade.