Principais mercadorias Importadas do estrangeiro
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72. Em 1955 a importação dos onze produtos mencionados no quadro XXII acusa, quando comparada com o ano anterior, um agravamento de 621 000 contos.
Como o aumento total da importação foi de 942 000 contos, teremos que a importação de todos os outros produtos não mencionados no quadro XXII agravou por sua vez o déficit da balança em 321 000 contos.
Esta quebra da produção ultramarina é de real significado, sobretudo quando avaliada em função da influência que poderá ter nas possibilidades de concorrência da indústria transformadora.
Mercadorias não discriminadas no quadro XXII
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Poucos reparos merece o grupo das matérias-primas; dir-se-á apenas que, mesmo quanto a estas, muito ainda se espera da produção nacional: basta lembrar que, além de outras que poderíamos produzir, neste grupo contam-se o tabaco em folha ou em rolo, a borracha, o sulfato de amónio, pastas para o fabrico de papel, têxteis, etc.
As importações realizadas pelas classes V e VI da pauta incluem muita manufactura que, pelas suas características, não pode ser ainda fabricada, em condições técnico-económicas satisfatórias, pela nossa indústria.
É que este cada vez maior recurso à importação, para satisfação das necessidades internas, ou significa a inexistência de indústria própria ou afirma que a nossa produção está a ser batida pela produção alheia, dentro da nossa própria casa. E, se se reconhecem os inegáveis benefícios pela liberalização trazidos à nossa exportação, cumpre agora desenhar o reverso da medalha.
Julga-se no entanto que não será conveniente nem possível resolver o problema pelo recurso a sistemáticas proibições de importação. A única solução «ã estará na firme realização da política, definida e sempre defendida pelo Governo: criação de indústrias novas e reorganização das existentes em condições de produzirem em nível técnico e económico capaz de suportar, senão já a concorrência em mercados de terceiros países,