João Luís Augusto das Neves.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim Mendes do Amaral.

Joaquim de Pinho Brandão.

Joaquim de Sousa Machado.

José Dias de Araújo Correia.

José Garcia Nunes Mexia.

José Gualberto de Sá Carneiro.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José dos Santos Bessa.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro

José Soares da Fonseca.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís de Azeredo Pereira.

Luís Maria da Silva Lima Faleiro

Manuel Cerqueira Gomes.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Maria Vaz.

Manuel Marques Teixeira.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.

Mário de Figueiredo.

Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.

Ricardo Vaz Monteiro.

Sebastião Garcia Ramires.

Urgel Abílio Horta.

Venâncio Augusto Deslandes.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 75 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram horas e 8 minutou.

O Sr. Presidente: - Estão na Mesa, enviados pela Presidência do Conselho, elementos fornecidos pelo Ministério da Economia em satisfação do requerimento apresentado pelo Sr. Deputado Pinho Brandão na sessão de 21 de Abril passado.

Vão ser entregues àquele Sr. Deputado.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, antes da ordem do dia, o Sr. Deputado Almeida Garrett.

O Sr. Almeida Garrett: - Sr. Presidente: os Deputados pelo círculo do Porto pediram lhes fosse concedida sucessivamente a palavra para renderem o preito da sua homenagem a S. Ex.ª o Ministro das Obras Públicas pelo grande interesse manifestado pelas obras de que a região do Porto imperiosamente carece. Dignou-se V. Ex.ª aceder ao nosso pedido, pelo que, em nome de todos, agradeço a penhorante gentileza; do mesmo passo renovo o testemunho, mais de uma vez patenteado, de admiração e respeito pelas altas qualidades do seu Presidente.

Vozes: - Muito bera, muito bem!

O Orador: - Coube-me, pelo jus da idade, a honra de ser o primeiro a falar. Não especificarei os assuntos que os meus ilustres colegas vão focar. Quero apenas declarar aqui, para que todos ouçam, que estamos unidos, em plena concordância, na defesa dos interesses da capital do Norte e dos concelhos que lhe estão ligados. Se algum dos Deputados pelo Furto (como ocorre comigo) não tem erguido a voz sobre os melhoramentos em causa não é porque a dedicação não seja igual em todos, mas simplesmente porque as repetições poderiam tomar o desagradável aspecto de uma importunidade imprópria da compreensão que os Governos, mormente nos últimos tempos, tom mostrado pelas necessidades do Porto e sen distrito. Acreditamos que, agora, se avança decididamente num caminho de justiça que vagarosamente se trilhava.

Esperamos do eminente Ministro das Obras Públicas o prosseguimento franco de uma atitude compensadora do velho e tradicional esquecimento por uma parcela da Nação que tanto trabalha pari a prosperidade geral.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - As promessas de S. Ex.ª serão uma certeza e dão-nos a esperança do um futuro promotor da satisfação das justificadíssimas ambições da nossa terra.

Sr. Presidente: o Porto confia na acção do Governo; o Governo podo confiar na gratidão do Porto.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem! O orador foi muito cumprimentada.

O Sr. Manuel Cerqueira Gomes: - Sr. Presidente: a visita que o Sr. Ministro das Obras Públicas fez há meses à cidade do Porto emocionou-se profundamente. A mim e, posso disser pelo que ouvi, à grande massa dos que lá moram.

Foi S. Ex.ª levar o produto do seu estudo sobre muitos problemas equacionados pelas exigências da cidade; estabeleceu-lhes os termos e marcou as resoluções com que os vá solucionar. Fê-lo em tom sério, decidido, esclarecido, como quem sabe o que quer e porque quer, num aprumo e numa clareza que nos impressionou a todos. Foi também colher elementos para apreciação de outras questões bem dignas de interesse. E fê-lo objectivamente, em contacto directo com os factos, querendo diagnosticar e julgar no bom sentido, em interferência, sem subjectivismo alheios, como no seu infatigável calcorrear de horas seguidas pelas "ilhas" do Porto, unias atrás das outras, interrogando, ouvindo, sentindo o que se passa nesses esconderijos de miséria.

Veio, finalmente, o Poder até à cidade, e sem promessas, sem visões, sem falácias; veio na sua nobreza, na sua dignidade, na sua verdade como sempre deve vir - ou com a realidade de planos já traçados e de prazos já calculados, ou com os olhos para ver directamente até onde obrigam as medidas e se concertam as possibilidades.

A atitude do Sr. Ministro das Obras Públicas cativou a cidade. É certo que mesmo na página do deve-haver nacional o Porto tem direito a pedir que se invista mais dinheiro na satisfação das suas exigências de grande urbe vultosamente contribui para o erário público e proporcionalmente até em níveis maiores do que a capital do País, já contemplada, e muito bem com largos melhoramentos e embelezamentos. Mas, ainda, que só receba aquilo que merece, o Porto sabe agradecer a quem lhe faz justiça.

Se as multidões são inconstante - como há dias se alertou esta Câmara. -, na tradição da gente do Porto vive uma constância de valores entre os quais a gratidão sobressai em traços, inconfundíveis. A cidade sentiu-se honrada com a visita que lhe fez o Sr. Ministro