desanuviar o ambiente a tal respeito, trazendo-nos a alentadora certeza de que os problemas de fundo que tanto interessam á urbanizarão dessa cidade são por si acompanhados com um desvelo que garanta a sua rápida e eficiente solução.

O Porto. Sr. Presidente, sentiu nas palavras que lhe foram dirigidas a fio aquele vazio de promessas vagas que ainda encontra quem pense ser processo admissível na política de hoje em dia, mas sim a firme verdade de um programa que se estuda, que se assenta e que se cumpre em moldes salazarianos, sem alardes de qualquer espécie, antes com o ar natural de quem mostra simplesmente o que é possível fazer.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Sentindo que na sua acção eficientíssima se desenvolve concretiza o esforço de ilustres antecessores, deixaria de cumprir um acto de dignidade se eu, que protestei tão vivamente aqui como Deputado pelo Porto, contra hesitações c demoras tão prejudiciais ao seu desenvolvimento, contra a falta de coordenarão e ide entusiasmo que tanto comprometia o seu progresso, não usasse da palavra também para testemunhar ao Sr. Engenheiro Arantes e Oliveira a confiança agradecida que o burgo portuense lhe tributa, a já radicada estima em que os Portuenses o têm.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Sentimos a sua presença notamos a sua franqueza, registamos, com alegria e emoção, o seu declarado interesse pela nossa velha cidade.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Será sempre, portanto, com o maior carinho que esta receberá entre seus muros, num espírito da mais alta compreensão para o admirável sentido que tão nobremente empresta á sua acção de governar.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Paiva Brandão: - Sr. Presidente: ao tomar assento na Assembleia Nacional considerei que a contribuição mais eficiente que poderia dar ao estudo dos problemas de interesse colectivo seria a directamente relacionada com a minha especialização profissional.

Tal desígnio não obstaria no firme propósito em que também me encontro de acompanhar com a devida atenção as actividades e as legítimas aspirações do distrito que me honro de representar.

De bom grado assumi essa responsabilidade - será até um dever de consciência -. pois, se ao velho burgo portuense devo homenagem, para com a boa génio hospitaleira do seu distrito contraí dívida de gratidão que se radica nos tempos da minha infância.

Se razões de sentimento não forem de invocar, o preito de admiração é devido ao distrito e à sua capital, dado o culto ali mantido pelas tradicionais virtudes; lusitanas, considerado o generoso esforço da massa trabalhadora, atendendo ti devoção sem limites à terra-mãe, apreciadas as qualidades morais dos habitantes, sempre desejosos de assistirem ao progresso da cidade u da valiosa área que a tem como núcleo principal. No interregno das sessões legislativas dois factos se verificaram na região visada que abrem fundada expectativa de próxima resolução de importantes problemas pendentes e esses directamente atingem e sensibilizam as populações do Porto e da Póvoa de Varzim.

Ambos respeitam às recentes visitas ali efectuadas pulo engenheiro Arantes e Oliveira, ilustre Ministro das Obras Públicas, responsável pela gerência de um departamento detentor de honrosas tradições, cujas notáveis actividades o País segue com o maior interesse.

Por ordem cronológica, S. Ex.ª visitou a Póvoa de Varzim em 30 de Julho passado, onde ao examinar as obras e projectos de melhoramentos da vila, anotou a sua mais instante aspiração - ver concluído o porto de pesca.

Com denodado amor à sua terra, ciente dum destino ligado ao mar, reconhecendo o valor económico da área que habita, sentindo os problemas sociais que o afectam, o Poveiro espera que da notável obra do engenheiro Arantes e Oliveira, removidas as exigências de ordem técnica, e financeira, se encontre dentro à e breve prazo remédio -de angustiosas privações, constituindo o futuro porto d* pesca, como verdadeiro local de abrigo, o encetar de nova era de efectiva prosperidade.

Em 6 de Setembro o Ministro das Obras Públicas procedeu, no Porto, a minucioso exame de assuntos relacionados com a execução de melhoramentos de primordial importância.

Inaugurou então a 2.º fase do Bairro de Casas Económicas da Rainha D. Leonor, a cuja bênção presidiu o venerando e ilustre prelado da diocese.

As cem novas habitações que se proporcionaram, às classes mais necessitadas vieram juntar-se às cento e cinquenta já construídas pelo Município

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Mário de Albuquerque: - Sr. Presidente: não tendo ontem estado presente quando falou o Sr. Deputado Antão Santos da Cunha e tendo apenas vagas informações sobre as considerações de S. Ex.ª - e digo vagas porque algumas são contraditórias -, reservo-me para dizer o que achar oportuno sobre o assunto, quando ler o Diário das Sessões referente á sessão de ontem.

Creio que esse Diário estará cá amanhã, mas, se não estiver, eu aguardarei que ele chegue.

Tenho dito.