nomes, como O de Armindo Monteiro, que em 1933 Simultâneamente firmava uma reforma administrativa ultramarina, onde se consagra o princípio da escolha do pessoal entre diplomados da Escola, e dava a esta a sua primeira instalação própria, aquela em que ainda se encontra, devendo, no entanto, dizer-se que, de há algum tempo a esta parte, se está tratando activamente, nas esferas oficiais, de resolver o problema de uma nova e mais adequada instalação para o actual Instituto Superior de Estudos Ultramarinos.

Além da sua representação larga e distinta no funcionalismo administrativo do ultramar, a Escola e o Instituto que lhe sucedeu têm visto muitos dos seus professores e diplomados em altas funções do Estado. Foram seus alunos os antigos Ministros Américo Olavo e, ultimamente, o comandante Sarmento Rodrigues, que também tem sido seu professor.

Foram professores da Escola outros homens públicos, como Velhinho Correia, Álvaro de Castro. Lisboa de Lima, etc.

Com a reforma do Sr. Dr. Marcelo Caetano, ela ficou possuindo um organismo anexo, o Instituto do Línguas Africanas e Orientais, que tem à frente a alta competência filológica do Dr. Rodrigo de Sá Nogueira. Ficou igualmente dotada, não só do curso superior de administração ultramarina, mas também de um curso do altos estudos ultramarinos. Publica um anuário e uma revista; organiza, com frequência, conferências do extensão cultural, feitas por individualidades nacionais e estrangeiras.

Ultimamente o erudito Prof. Silva Rego organizou e dirige junto do Instituto a Filmoteca Ultramarina Portuguesa e foi criado o Centro de Estudos de Etnologia do Ultramar, sob a direcção do nosso ilustre colega Prof. António de Almeida.

Têm sido organizadas excursões escolares no Pais e no estrangeiro e vários professores têm realizado missões de estudo e investigações no estrangeiro e no ultramar.

A robustez, a saúde e a educação física dos alunos, como a sua sólida formação moral e cívica, merecem especial cuidado.

O instituto Superior de Estudos Ultramarinos constitui. Sr. Presidente, um importante e eficiente núcleo de, estudos e de formação do pessoal em relação ao ultramar.

Cuida-se entretanto, louvavelmente, como já disse, de lhe dar novas instalações, pois até ainda funcionam na Sociedade de Geografia de Lisboa as aulas, de Ginástica e Educação Física. A Sociedade não esquece a sua tradicional e meritória tarefa em prol da acção portuguesa no ultramar, e assim não afrouxa no seu interesse e apoio em relação a este estabelecimento de ensino, de objectivos nacionais e culturais afins.

Pelo labor realizado e pelo que dele o País espera, o Instituto tem, assim, um papel primacial na vida e na cultura portuguesas e uma indiscutível função para a nossa projecção e o nosso prestígio no Mundo.

Renovo, terminando, as homenagens que prestei de início a todos os que participaram na fundação, organização e engrandecimento deste notável estabelecimento de ensino, e saúdo com verdadeiro entusiasmo, mesmo com enternecida simpatia e admiração, os diplomados, os antigos alunos do mesmo estabelecimento, que nos confins mais longínquos dos nossos territórios do ultramar têm dado a este, em postos de responsabilidade, de patriotismo e de sacrifício, o melhor da sua alma e do seu esforço, servindo afinal uma grande causa nacional e humana.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Marques Teixeira: - Sr. Presidente: pedi a palavra para mandar para a Mesa o seguinte

Requerimento

«Com uma palavra prévia de justa homenagem ao ilustre Sr. Engenheiro Director dos Serviços de Melhoramentos Rurais, que tão intensamente sente e vive a alta importância da natureza da função em que está investido, roqueiro que, pelo Ministério das Obras Públicas, mo sejam fornecidos, tendo como ponto de partida o ano de 1950, os seguintes elementos, com indicação discriminada em ordem aos concelhos dos diversos distritos do País:

a) Qual a quilometragem de estradas municipais para cuja abertura foi pedido o concurso do Estado?

b) Qual a quilometragem das estradas municipais pavimentadas?

c) Qual a quilometragem das que se encontram em terraplenagem?

d) E qual a quilometragem das classificadas de mau estado?

Idênticas informações, com referência à data citada e na consideração dos mesmos indicativos geográficos, respeitantemente aos caminhos municipais, sob as modalidades de: para abertura, pavimentados, em terraplenagem e em mau estado.

III

A partir do ano de 1950 e até ao ano decorrente relativamente às comparticipações solicitadas pelas autarquias locais do distrito de Viseu, visando a abertura o conservação das estradas e dos caminhos municipais:

a) Citação das câmaras municipais que as requereram;

b) Número discriminado de pedidos, com a indicação da data em que foram feitos, e a sua expressão em quilómetros;

c) Sen volume financeiro em relação a cada uma das autarquias;

d) Menção dos pedidos já atendidos e dos que ainda o não foram;

e) Tempo provável da sua integral satisfação».

Tenho dito.

O Sr. Santos da Cunha: - Sr. Presidente: pedi a palavra para mandar para a Mesa o seguinte