As quantidades importadas que figuram no mapa antecedente foram exportadas pelos seguintes países:

Toneladas

1951:

1952:

354 Como a produção nacional de azeite obedece à lei da alternância, seguindo-se às boas as más colheitas, e as linhas da produção e do consumo são sensivelmente aproximadas durante o biénio safra e contra-safra, é para este período que é usual encarar o problema geral do abastecimento do País.

O plano -sujeito embora a correcções futuras - é estabelecido durante a safra, visando esta e a contra-safra seguinte. Não é possível, por razões óbvias, esquematizar o plano para período mais longo, pois, se já é contingente durante as safras contar com a produção da contra-safra seguinte, torna-se impossível determinar o volume da futura safra, que surgirá dois n nos depois.

A subordinação da exportação de azeite para o estrangeiro à contrapartida de importação de azeite estrangeiro destina-se a acautelar o abastecimento interno do País.

Durante 1952 e 1953 -anos subsequentes às campanhas de 1951-1952 e 1952-1953- foi dispensada a contrapartida de importação de aze ite estrangeiro, em virtude de a mesma ser desnecessária.

Com efeito, o abastecimento interno, pela primeira vez depois da guerra, decorreu com plena normalidade; a exportação para o estrangeiro fez-se à custa do azeite nacional; finalmente a soldagem da contra-safra de 1952-1953 com a de 1953-1954 fez-se sem faltas, tendo transitado para esta, da campanha anterior, saldos da ordem de 7 milhões de litros. Estes saldos em poder dos armazenistas dificultaram até bastante a comercialização no início da grande colheita de 1903-1954; e não foram, ao menos em parte, exportados antes, em virtude de os nossos preços serem superiores aos do mercado internacional de então.

Durante 1954 e 1955 -anos subsequentes às campanhas de 1953-1954 e 1954-1955- foi igualmente dispensada, por desnecessária, a contrapartida de importação de azeite estrangeiro.

Também neste período o abastecimento decorreu com plena normalidade; o problema com que a Junta Nacional do Azeite então se debateu foi, não de carência, mas de abundância, e para normalizar o mercado e evitar n queda dos preços houve necessidade durante a safra record de 1953-1954 (133 milhões de litros) de stockar 48 milhões de litros, dos quais 20 milhões foram comprados directamente pela Junta à produção; igualmente a exportação para o estrangeiro se fez à custa do azeite nacional; por último, também a soldagem da contra-safra de 1954-1955 com a safra de 1955-1956 se fez sem faltas, visto terem transitado para esta, em poder dos armazenistas, saldos da campanha anterior da ordem de 5 milhões de litros.

A importação de azeite estrangeiro de contrapartida durante o quadriénio anterior de 1948-1951 (correspondente às campanhas de 1947-1948, 1948-1949,

1949-1950 e 1950-1951) justificou-se em virtude da situação precária do abastecimento.

Com efeito, durante os últimos meses da contra-safra de 1948-1949 houve falta de azeite no mercado; e igual facto se registou no final da contra-safra de 1950-1951, tendo até sido necessária, para atenuar a falta, a importação de 1000 t de azeite espanhol, efectuada em Setembro de 1951. Em resumo: Durante o quadriénio 1948-1951 houve dificuldades no abastecimento e impossibilidade de soldagem normal das contra-safras com as safras seguintes;

b) Como consequência, recorreu-se à contrapartida de importação de azeite estrangeiro, para efeitos da exportação do azeite nacional para o mesmo destino;

c) Durante o quadriénio 1952-1955 o abastecimento foi plenamente normal e a soldagem das contra-safras com as safras efectuou-se sem faltas, tendo até transitado saldos avultados;

d) Nesta ordem de ideias, foi desnecessária, durante o mesmo período, a contrapartida de importação de azeite estrangeiro.

Deve ainda referir-se que durante os últimos quatro anos houve um aumento pronunciado da capitação de azeite na metrópole, conforme resulta do mapa seguinte:

(Metrópole - Médias anuais)

A produção da campanha de 1947-1948 foi incluída no ano de 1948 e assim sucessivamente.

A produção do biénio 1952-1953 (157 360t) foram abatidas 7000t de saldos que transitaram para o biénio seguinte. À produção do biénio 1954-1955 (169 168t) foram acrescidas 7000t de saldos do biénio anterior e abatidas 5000t que transitaram para o biénio 1956-1957.

O consumo foi determinado pela fórmula usual (produção + importação -exportação).