Considerando apenas a contribuição predial rústica, calcularam-se as capitações por distritos, tanto para o rendimento colectável como para a contribuição.
O distrito do Braga, com a capitação de 248$, sobressai dos restantes no continente.
Apenas dele se avizinham os de Lisboa, Porto e, nas ilhas, Ponta Delgada e Funchal. Os dois últimos ultrapassam-no.
Os valores menores são os de Castelo Branco, Guarda, Faro e Bragança.
Divisão da contribuição predial por distritos
(ver quadro em imagem)
Lisboa paga mais contribuição predial urbana do que o resto do País, e a percentagem do Porto é de cerca de 16. Évora, Viseu e Braga, no caso da rústica, andam à roda de 6 por cento, apenas ultrapassados por Santarém, com cerca de 9 por cento.
Adicionais
(ver quadro em imagem)
De todos os impostos importantes foi a contribuição industrial o que mais se desenvolveu.
Ela representa cerca de 10 por cento, num total de receitas ordinárias da ordem dos 6 347 000 contos. Dentro do capítulo dos impostos directos, à contribuição industrial cabem 38 por cento.
A evolução da contribuição industrial liquidada consta do quadro seguinte:
(ver quadro em imagem)
O ano de 1954 pode considerar-se médio em matéria de produção industrial.
Nalguns capítulos, como no das conservas, a produção ultrapassou as cifras dos últimos anos. Noutros fez-se sentir a concorrência, traduzida no aumento de importação, ou não estiveram abertos certos mercados que absorveram em anos anteriores produtos portugueses.
Investimentos industriais
Em todo o caso o capital de sociedades constituídas emitido em 1954, comparado com o de anos anteriores a 1953, ainda os supera, se forem exceptuados os anos de 1946 e 1947, logo a seguir à guerra. Tudo se deduz do quadro seguinte, em contos:
(ver quadro em imagem)