Já atrás se mencionaram alguns números da tabela, reduzidos a valores reais.
É financeiramente salutar a subida das despesas ordinárias, ressalvando, é claro, a eficiência do seu emprego, que não pode ser medida pelo simples exame das cifras. Um país que pretende recuperar em poucos anos os seus- grandes atrasos em relação a outros de iguais aspirações, raça e civilização tem necessariamente de fazer progredir a sua despesa ordinária. De resto, a ela se adia ligado o desenvolvimento das actividades nacionais, numa medida tanto maior quanto mais saliente for o atraso da economia privada.
A influência da distribuição da despesa do Estado em economia restrita, ou incipiente, pesa mu Ho. O próprio poder de consumo da população é influenciado também pelo volume da despesa ordinária.
E é interessante assinalar que o acréscimo total das receitas, em valores do ano, desde 1938, já passa de 4 milhões de contos, contra cerca de 3 200 000 contos nas despesas, como se verifica no quadro seguinte;
As despesas orçamentadas e pagas
No quadro seguinte indica-se, por Ministérios, o que foi orçamentado e pago e onde se deram as menores valias de maior peso no conjunto:
As diferenças para menos superiores a 50 000 coutos deram-se- nos Ministérios das Obras Públicas e da Economia, embora a redução neste último seja mais aparente do que real, como se explicará adiante. Também houve- apreciáveis menores valias na dívida pública, encargos gerais e Ministério da Educação Nacional. Nalguns casos é difícil de compreender a diferença para menos, dadas as necessidades dos serviços.