A grande diferença para mais na rubrica «Outros encargos» refere-se a restituições, que variam de ano para ano e nada têm que ver com as despesas do funcionamento dos serviços. Subiram a 4927 contos e foram muito menores em 1953. No resto as verbas são idênticas.

Direcção-Geral das Contribuições e Impostos Nos serviços directa ou indirectamente relacionados com a cobrança de contribuições e impostos deu-se um aumento apreciável na despesa, que passou de

233 545 contos, em 1953, para 245 080 contos, em 1954, como se indica no quadro seguinte, onde se agrupam diversos departamentos relacionados com a cobrança:

(ver quadro em imagem)

Como se nota, os dois serviços que acusam maior aumento na despesa são a Direcção-Geral das Contribuições e impostos e as alfândegas, mantendo-se ao nível do ano anterior a Guarda Fiscal. O exame das cifras mostra tendência para estabilização nas verbas funcionais, do pessoal e material.

(ver quadro em imagem)

A diferença acentuada teve lugar nos encargos. As verbas que pesam mais nesta rubrica são as relativas ao pagamento de títulos de anulação, que subiram de 10 700 contos, em 1953, para 23500 contos, em 1954, e as restituições, que de 8270 contos, em 1953, passaram para 2692 contos, em 1954. A primeira rubrica, por si só justifica o grande aumento acusado pela conta. As verbas do pessoal e material mantiveram-se.

A discriminação das verbas da Direcção-Geral dá o seguinte resultado:

(ver quadro em imagem)

À parte ligeiras alterações, e levando em conta o que acima se escreve sobre títulos de anulação, as verbas de 1954 são da ordem das de 1953. Ainda se pode ir um pouco mais longe no estudo deste departamento, com a indicação do custo de cada uma das suas dependências, que é como se indica a seguir:

(ver quadro em imagem)

O que mais pesa no orçamento doa serviços diz respeito a direcções de finanças distritais e secções concelhias. Mas nem toda a importância inscrita no quadro se refere ao funcionamento dos serviços, porque há a considerar também despesas com avaliações de prédios urbanos e rústicos, que somaram 2018 contos nos rústicos e 1801 contos nos urbanos.

Casa da Moeda A grande descida na despesa da Casa da Moeda refere-se a material de consumo corrente, que inclui matérias-primas e produtos acabados ou semiacabados. Gastou-se nesta rubrica muito menos em 1954 do que em 1953.

No conjunto do material o que se pagou desceu de 35 751 contos, em 1953, para 9645 contos, em 1954, ou uma diferença para menos de 26 106 contos.

Esta importância justifica a grande diferença entre os dois anos.

A despesa pode decompor-se assim:

Contos

Serviços e encargos .... 481

Direcção-Geral das Alfândegas Não houve sensível variação nas verbas consumidas nos dois últimos anos, tanto em pessoal como