pela diminuição da mortalidade, que, em 1954, pela primeira vez, alcançou cifra inferior a 11 (10,94). Mas esta diminuição na mortalidade de 0,36 não compensa inteiramente a da natalidade. A diferença entre os dois anos foi de 0,73.

No quadro seguinte incluem-se as duas taxas para nado-vivos e óbitos:

(ver quadro em imagem) Ainda há distritos com elevada mortalidade, com taxas superiores a 13, como o de Vila Real, apesar dos progressos recentes.

Há outros, como o de Setúbal, em que a taxa é inferior a 8, o que é notável.

Para dar ideia do grau do aperfeiçoamento das condições de vida, no que se refere a óbitos, nos diversos distritos do País, publica-se a seguir um quadro com as taxas:

(ver quadro em imagem)

Quanto a natalidade, Ponta Delgada e Braga, com taxas superiores a 30, mantêm valores antigos, mas parece que o distrito de Bragança, no mesmo grupo em 1953, já foi tocado pela tendência para diminuição.

No grupo entre 20 e 30 estão treze distritos. Com taxas entre 15 e 20 vêm os restantes, que são: Beja, Coimbra, Évora, Portalegre, Faro, Setúbal e Lisboa - quase todos do Sul.

No que respeita a mortalidade, também é no Norte e nas ilhas onde as taxas são mais altas: um (Vila Real) superior a 13; quatro (Porto, Bragança, Ponta Delgada e Braga) superiores a 12, e nove entre 10 e 12.

Inferiores a 10 há sete distritos, o que é notável, considerando as taxas de há poucos anos ainda. São Castelo Branco, Beja, Leiria, Évora, Horta, Portalegre e Santarém. A taxa de Setúbal não atinge 8 (7,08), o que representa óptimo sintoma.

A taxa da mortalidade em 1954 acusa diminuição em todos os distritos, com excepção de Aveiro, Coimbra, Faro, Santarém, Setúbal e Funchal. Também decresceu ligeiramente na cidade de Lisboa.

É possível reduzir ainda a mortalidade em muitos distritos, e os números acusam, na verdade, progressos satisfatórios.

O problema da mortalidade infantil é, sem dúvida, um dos mais delicados e importantes neste aspecto, porque as mais altas taxas são em parte resultantes da mortalidade infantil.

No quadro a seguir se dá ideia da mortalidade global e da infantil a partir de 1930:

Nota-se o caminho andado desde 1930, até na mortalidade infantil, apesar de serem possíveis nalguns distritos progressos substanciais nesta matéria. Convém assinalar a melhoria revelada pelos números.

A emigração e os saldos fisiológicos A diminuição da taxa de natalidade tem feito decrescer os saldos fisiológicos e a emigração concorre para o decréscimo dos saldos líquidos. São dois fenómenos sérios, que necessitam de ser estudados de modo a contrariar os seus efeitos.

A evolução dos diversos factores relacionados com eles consta do quadro seguinte:

(ver quadro em imagem)