hidroeléctricos desde 1928-1929. Os trabalhos têm sido pagos pelos excessos de receitas sobre despesas ordinárias. As despesas ordinárias dos serviços hidráulicos somaram 42 273 contos, mais 1264 contos do que em 1953. Discriminam-se como segue:

Contos O aumento deu-se quase todo na rubrica «Material», que se pode decompor como segue:

Construções e obras novas:

Contos

Estradas submersíveis,

Aquisições de utilização permanente:

As construções e obras novas consumiram mais 1255 contos do que em 1953, os quais se distribuíram por quase todas as (rubricas mencionadas no quadro.

As despesas de conservação foram um pouco menores do que nos anos anteriores. Os encargos totalizaram 9131 contos. Destes, 8514 contos representam despesas com obras hidráulicas a reembolsar. A diferença, de 617 contos, diz respeito a pequenas verbas, sendo a anais importante relativa a rendas de casas e armazéns (248 contos). A despesa paga em 1954 por trabalhos realizados durante o ano subiu a 204 008 contos. Por motivos óbvios esta despesa não coincide com a receita cobrada

por força de verbas orçamentais indicada em súmula no quadro seguinte, que também indica as receitas da Junta desde 1946:

(a) Elementos que acompanharam a proposta de lei para autorização das receitas e despesos para 1955, p. 121.

(b) Incluem-se equipamentos diversos, alguns dos quais também foram distribuídos a outros serviços, além das dotações para estiagens e invernais, que do mesmo modo foram gastas por outros serviços em parte.

Aproximam-se, pois, de 2,4 milhões de contos as verbas recebidas pela Junta Autónoma de Estradas no período de nove anos que decorreu desde 1946, incluindo no total o que lhe foi atribuído para compra de equipamento e outras.

Durante esse período pagaram-se 2 107 595 contos, sendo l 820 494 contos atribuídos a estradas e 287 101 contos a pontes. No quadro seguinte dá-se o sumário das despesas deste organismo no período de 1946-1954:

Um pouco mais de metade da verba total para estradas foi utilizada na conservação e reparação. Se for incluído o que corresponde às ilhas, a percentagem é maior. Em pontes utilizaram-se, desde 1946, 287 000 contos, e, destes, menos de 40 000 na conservação e reparação.

Assim, o problema da construção de novas estradas ressalta claramente dos números. Já se aludiu noutro lugar à necessidade de completar a rede de comunicações e se indicaram os resultados económicos que podem advir de um plano convenientemente cerzido e coordenado com vias de importância secundária.

Vale a pena fazer um esforço financeiro porque de uma boa rede de estradas podem derivar grandes benefícios para a produção e até para o consumo.