João Caídos de Assis Pereira de Melo.

João Luís Augusto das Neves.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim Mendes do Amaral.

Joaquim de Pinho Brandão.

Jorge Botelho Moniz.

Jorge Pereira Jardim.

José Garcia Nunes Mexia.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro

José Soares da Fonseca.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís de Azeredo Pereira.

Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.

Luís Mana Lopes da Fonseca.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel de Magalhães Pessoa.

Manuel Maria Vaz.

Manuel Marques Teixeira.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Leonor Correia Botelho.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque

Mário de Figueiredo.

Paulo Cancella de Abreu.

Sebastião Garcia Ramires.

Venâncio Augusto Deslandes.

O Sr. Presidente:-Estão presentes 70 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 20 minutos.

O Sr. Presidente: - Vai ler-se o

Sr. Presidente da. Assembleia. Nacional - Excelência. - Os produzires metropolitanos de óleo de mendobi tomaram conhecimento da intervenção realizada pelo Deputado da Nação Prof. Doutor António Pinto de Meireles Barriga, em consequência, da qual usam do direito constitucional de representarão perante ;i Assembleia Nacional a fim de exporem o seguinte:

1.º A indústria metropolitana de óleo de amendoim acha-se apetrechada com o equipamento mais completo e mais moderno. Orgulha-se de produzir óleo refinado de qualidade inexcedível, igual ao melhor que se consome em todos os países, do Mundo. O óleo de amendoim fabricado no continente, português ó praticamente neutro (isento de ácidos livres) e também isento de mau cheiro ou mau sabor. Sob o ponto de vista higiénico, só o azeite extra ou o azeite refinado se lhe podem comparar.

Portanto, carece em absoluto de fundamento a afirmação de que a solução de misturar este óleo com o azeite não se coaduna com a higiene alimentar, a culinária e a gastronomia.

O ilustre Deputado Prof. Doutor Pinto Barriga dignou-se excluir da Europa todos os países que não consomem azeite. E nega qualidade de europeus nos Franceses, aos Ingleses, aos Belgas, aos Holandeses, aos Alemães, aos Escandinavos, etc. (e até aos Espanhóis). maiores produtores mundiais de azeite). que usam o óleo de amendoim simples ou em mistura ...

2.º 0s fabricantes portugueses deste óleo não solicitaram, directa ou indirectamente, a sua adirão ao azeite. Pelo contrário, quando informados oficialmente de que ela ia ser determinada, declararam à Junto. Nacional do Azeite que não desejavam realizá-la, nas suas fábricas.

Conscientes e seguros da, qualidade óptima do óleo de amendoim que fabricam, prefeririam e preferem vendê-lo estreme, para que o público possa compreender a sua superioridade.

Entendem que, em ano de azeite altamente ácido, de sabor e cheiro maus, constitui prejuízo para a divulgação do óleo de amendoim, produto excelente, a sua mistura obrigatória com azeites de qualidade inferior. Se se acham no mercado, vendidas sob a designarão de azeite, misturas de mau aspecto e sabor, a culpa pertence à má qualidade do azeite, e nunca ao óleo de amendoim metropolitano. Este, quando misturado a azeites ácidos, melhora a suo. qualidade. Nunca a piora. Contribui para evitar prejuízos à saúde pública, nunca os provoca.

3.º Em Portugal o óleo de amendoim estreme é consumido precisamente pelas famílias de nível de vida mais alto. Os pobres não o conhecem, e só por isso não n apreciam. Há zonas rurais onde o azeite quando mais ácido é. quanto mais pica na garganta, quanto mais estômagos e fígados estraga, mais apreciado se torna.

Pelo contrário, entre os ricos e remediados, uns famílias onde mais se sabe o que vale a higiene alimentar, na culinária dos gastrónomos, como, por exemplo, nas mayonnaises, molhos, cozinhados e fritos de alta qualidade, o óleo de amendoim, mesmo em Portugal, país de azeites excelentes, alarga cada vez mais a preferência que merece.

4.º A mistura obrigatória de azeite no óleo de mendobi não se destina a, beneficiar os fabricantes deste óleo, mas sim a defender a olivicultura nacional. Foi a Junta Nacional do Azeite, organismo que protege o azeite e declaradamente tem prejudicado o óleo, a entidade que propôs essa mistura. Foram os representantes da lavoura quem, por unanimidade, a aprovou.

Porquê?

Porque o azeite, este ano, é escasso e mau. Porque a mistura com óleo de amendoim melhora o azeite. Porque, se o azeite faltasse, os consumidores comprariam óleo de amendoim, habituar-se-iam a usá-lo estreme e dar-lhe-iam a mesma preferência que só verifica, quer no país mais rico do Mundo -Os Estados Unidos da América do Norte-, quer em muitas outras nações de nível de vida extremamente elevado.

Os industriais produtoras de óleo de amendoim garantem solenemente, perante V. Ex.ª e perante o público, a genuinidade deste óleo. O óleo de amendoim nunca pode prejudicar a saúde do consumidor, nem o fígado, o estômago ou outros órgãos dos doentes.

Quer continuem europeus, quer tenham sido expulsos da Europa, por decisão oratória, todos podem consumir o óleo de mendobi estreme. E só não lhes convirá a, mistura azeite-óleo quando o azeite for mau. O óleo de amendoim português, metropolitano, esse é sempre bom.

5.º Ao final da tua dissertação, o ilustre Deputado Doutor Pinto Barriga afirmou:

Quanto ao óleo e seus respectivos preços, haveria muito que discutir, mesmo muito, económica e comparativamente, mas é um problema vasto, para