Comparando com as receitas ordinárias no mesmo período, notam-se excessos em relação às despesas, que nalguns anos foram substanciais, na relatividade das verbas.
Os comentários feitos adiante sobre as receitas ordinárias não pretendem ser completos. Tem-se a impressão da modéstia do viver da província, até considerando que a quase totalidade da despesa se refere a pessoal.
É natural que, com o desenvolvimento de algumas possibilidades em estudo, haja expansão adequada na actividade económica cabo-verdiana, de que derivará um aumento de receitas.
Presume-se a possibilidade de melhorias nos próximos anos.
No quadro seguinte dão-se as despesas ordinárias desde 1938:
(Em milhares de escudos)
(ver tabela na imagem)
Como noutras províncias, as dotações que mais pesam no conjunto são as dos encargos gerais e a administração geral e fiscalização.
Não pode ser feito agora o estudo da influência de cada um dos capítulos mencionados no quadro anterior no conjunto das despesas ordinárias. Mais adiante, ao examinar cada um dos capítulos, fornecer-se-ão elementos bastante seguros sobre o significado das verbas mais importantes que os formam. Mas aqui já se poderá dizer que a administração geral e fiscalização, serviços de fomento e os encargos gerais totalizaram 23 300 contos, num total de 30 700 contos para
A influência deste último torna-se mais clara se se examinarem os números reagrupados em dívida, classes inactivas, serviços e encargos gerais.
A seguir publica-se o que corresponde a cada um destes grandes capítulos das despesas:
(Em milhares de escudos)
(ver tabela na imagem)
Pertencem mais de 60 por cento aos serviços e cerca de 24 por cento a encargos gerais. Como nesta rubrica há verbas que lògicamente se deveriam contabilizar em serviços, a percentagem referente a estes deveria ser maior - ainda peca por defeito.
Apenas se farão agora algumas considerações sobre cada um dos capítulos, de modo a dar ideia geral da administração da província, e do destino das receitas públicas. Terá de ser necessàriamente sumária a análise.
É a metrópole, através do Tesouro e da Caixa Geral de Depósitos, que tem amparado o Governo da província, econòmicamente difícil.