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Como se nota, os impostos directos e indirectos e as consignações de receitas comparticipam em quase 90 por cento das receitas ordinárias.

O último destes capítulos aumentou continuamente, como se disse acima, o seu peso no total, pois que, partindo de 7 por cento em 1938, atingiu 26 por cento em 1954.

Receitas ordinárias em 1954 Em 1954 as receitas ordinárias discriminam-se do modo que segue:

(ver tabela na imagem) Nos impostos directos vale a pena reter as cifras mais importantes, que são o imposto indígena (21 603 contos), a contribuição predial (7991 contos) e a contribuição industrial (4330 contos). A última subiu 535 contos em relação a 1954 e 2846 contos em relação a 1936.

Estas três rubricas somam 33 924 contos, num total, para o capítulo, de 34 374 contos. A única verba de algum interesse no conjunto, além destas, é a de sisa, com 269 contos. Os impostos indirectos são constituídos quase inteiramente pelos direitos de importação e exportação, estampilha fiscal e imposto do selo, assim discriminados: As indústrias em regime tributário especial deram a receita de 2033 contos. Quase tudo se refere a indústrias rurais (892 contos) e ao imposto sobre a extracção de vinho de palma (918 contos). Nas taxas, que somaram 8259 contos, os emolumentos aduaneiros pesam com 3872 contos e as taxas de licenças de exportação e reexportação com 2076 contos. Outras verbas de interesse, além de emolumentos diversos, são as resultantes da aplicação do Código da Estrada (490 contos). As receitas do domínio privado e participações em lucros arredondam-se em 1152 contos, nos quais sobressaem os foros com 158 contos, as rendas de prédios urbanos com 365 contos, os transportes fluviais com 102 e o rendimento da Imprensa Nacional com 192 contos, além da comparticipação do banco emissor (181 contos). As restantes verbas são inferiores a 100 contos. Não tem interesse financeiro o capítulo dos reembolsos e reposições, com 706 contos, em que sobressaem 464 para compensação de aposentações e 185 de reposições à Fazenda Nacional. Finalmente as consignações de receitas somam 27 036 contos. Os correios, telégrafos e telefones comparticipam com 5129 contos e o porto de Bissau com 3572 contos, no total de 8701 contos.

O fundo de fomento e assistência tem a receita total de 9964 contos.

Além destas receitas, de certo relevo no capítulo, há uma de 3670 contos, que representa 80 por cento do imposto sobre a extracção de vinho de palma para os concelhos ou circunscrições administrativas que os cobrarem. O fundo de defesa militar teve a receita de 950 contos e os serviços aduaneiros, como emolumentos, multas e adicionais à exportação, cobraram 1334 contos.

É de notar que a receita dos correios, telégrafos e telefones não provém apenas da exploração. Desta, ou receita própria, vieram 2627 contos. O restante refere-se a quotas e subsídios (2014 contos), a saldos de exercícios económicos findos e a diversas consignações de receitas.

O desequilíbrio entre os receitas próprias e as despesas é, por isso, bastante grande.

O maior rendimento é o da venda de valores selados, com cerca de 910 contos, vindo a seguir o telegráfico, que subiu em 1954 a 870 contos. O subsídio da Fazenda arredondou-se em 2000 contos. A província da Guiné não parece ter acompanhado o ritmo de desenvolvimento económico de algumas das restantes províncias. Os números já publicados mostram uma subida de receitas ordinárias de 29 163 contos, em 1938, para 101 364 contos, em 1954, a que corresponde o número índice de 361.

as despesas pagas os números para 1938 e anos a partir de 1950 são os que constam do quadro seguinte:

(ver tabela na imagem)