Embora seja superior a Cabo Verde no progresso das receitas e despesas, está longe de atingir o das outras províncias africanas de S. Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique.

Repartição das despesas ordinárias À semelhança do que acontece em Cabo Verde e nas outras províncias, como se notará adiante, a rubrica «Encargos gerais» ocupa um lugar proeminente nas despesas, com mais de 30 por cento do total. Ver-se-á adiante que cabem nela as mais variadas aplicações.

Nenhum dos restantes capítulos das despesas atingiu esta cifra.

Em 1938 a administração geral e fiscalização consumia 22 por cento do total das despesas, e manteve esta cifra, com ligeiro aumento em 1954 para 27 por cento. O capítulo dos encargos gerais passou, porém, de 12 por cento no primeiro daqueles anos para 31,4 por cento em 1954, depois de ter atingido 35 por cento em 1952 e 1953.

Este fenómeno do desenvolvimento dos encargos gerais é peculiar nas coutas das províncias e provém de serem contabilizadas neles as despesas que pertenciam de facto a outros capítulos.

Publica-se a seguir um mapa que dá a divisão das despesas por capítulos para os anos a seguir a 1950, referidos a 1938:

Percentagens nas despesas ordinárias

(ver tabela na imagem)

À parte a diminuição notada na percentagem que corresponde à dívida provincial em 1938, o capítulo que evoluiu mais ràpidamente foi o dos encargos gerais, que é uma rubrica onde se contabilizam as despesas mais heterogéneas, como se notou acima. Viu-se o evoluir da despesa no período de 1938-1954 e notou-se que o índice de aumento se arredondava em 375.

Em números absolutos, e dividida por capítulos, a despesa ordinária foi como segue:

(Em milhares de escudos)

(ver tabela na imagem)

(a) Inclui os serviços meteorológicos e os serviços de aeronáutica civil, que nas contas estão abrangidos no capítulo dos serviços de marinha.

Nota-se desde já o grande aumento dos encargos gerais, que passaram de 2815 contos para 28 383 contos no período de 1938-1954. Merece reparo o comentário da Direcção de fazenda na conta de gerência de 1954, ao analisar os saldos credores e devedores da província:

Cumpre-nos declarar, no entanto, que alguns dos resultados das contas não merecem confiança, havendo absoluta necessidade de proceder à sua verificação e fazer as correcções necessárias, serviço trabalhoso e moroso; isso será feito logo que haja possibilidade de destacar pessoal com conhecimentos, ainda que medianos, mas com a noção da responsabilidade que a natureza dos serviços exige...

Espera-se que no próximo ano já estejam corrigidos os saldos devedores e credores. Não faz sentido a apresentação de contas com as dúvidas postas na própria conta de gerência. Os empréstimos da província são:

(a) A receber totalmente até 1938.