Para obter a totalidade das despesas, por serviços, foi necessário fazer os adicionamentos do quadro.

Deseja-se, no futuro, num só quadro, o conjunto da despesa - a do exercício do ano, a paga por conta de créditos abertos com disponibilidades de verbas orçamentais de despesa (2532 contos), as pagas por conta de créditos abertos com recursos de cobrança (6985 contos), as pagas por conta de créditos abertos com disponibilidades dos saldos de anos económicos findos (12 088 contos) e a paga por conta de créditos abertos e revalidados e transferidos para 1954 (2259 contos). É difícil, como actualmente se contabiliza, determinar o custo de cada serviço e o que pertence a cada artigo orçamental. Os serviços de fomento avolumam muito a despesa por incluírem os serviços autónomos e, entre eles, o de maior volume é o dos portos, caminhos de ferro e transportes. A administração geral e fiscalização contêm toda a máquina administrativa, incluindo governos distritais. Das restantes, a mais saliente é a dos encargos gerais, e já se explicou a razão do seu volume. Há necessidade de reclassificar grande parte da despesa deste capítulo de modo a poder ter-se noção aproximada, pelo menos, do gasto Teal de cada serviço. Convém dar melhor ideia de conjunto da despesa ordinária e verificar o que na verdade representam encargos, considerados obrigatórios ou fixos, como os da dívida e das classes inactivas e os relativos aos serviços propriamente ditos.

Para esse fim organizou-se um quadro, à semelhança do que ordinariamente se faz na metrópole.

A despesa de 1954, reagrupada, pode ter a forma seguinte:

(Em milhares de escudos) Nos encargos da dívida incluem-se juros e amortizações de diversos empréstimos que foram pagos: 49 815 contos por força do orçamento do ano, 564 contos pela conta de créditos abertos e 594 contos por conta de saldos de anos económicos findos. A distribuição dos encargos é como segue:

Os encargos dos empréstimos, contraídos em grande parte pelos serviços autónomos, são reembolsados por estes serviços. Entre eles, liquidam anualmente a sua quota-parte os portos, caminhos de ferro e transportes, o serviço da nova central termoeléctrica de Lourenço Marques, o porto da Beira, e uma parte importante (crédito de 17 000 000 de dólares) pertence ao caminho de ferro do Limpopo.

As necessidades de desenvolvimentos económicos nos instrumentos de fomento da província têm avolumado ultimamente os encargos da dívida, que, como adiante se verificará, foi inteiramente utilizada pelos serviços autónomos, ou, através do Tesouro provincial, por corpos administrativos. O encargo de 50 973 contos, o maior atingido até agora desde 1938 e os de outros exercícios desde 1938, em números absolutos referidos à moeda do ano em que foram pagos, consta dos números seguintes, onde se notam grandes oscilações:

Contos

Incluem-se em encargos juros e amortizações.

Capital da divida A dívida da província a longo prazo era constituída em 1954 do modo que segue:

contos

Tesouro da metrópole ........ 562 321

Mutual Security Agency ...... 44 111

Fundo de Fomento Nacional ... 15 742

(Plano de Fomento) .......... 235 000

Caixa de Previdência da

Tesouro (através do Exibank). 339 847

O Tesouro da província, por sua vez, concedeu empréstimos, que mostravam os seguintes saldos em 31 de Dezembro de 1954:

Contos

Câmara Municipal da Beira ........ 33 383