As obras mais vultosas são as do Limpopo, relativas a rega, enxugo e preparação de terrenos, além do caminho de ferro a que se aludiu acima.

Não é possível neste relatório fazer estudo mais pormenorizado da obra de rega do Limipopo, aliás projectada há muitos anos. A barragem de retenção das, águas servirá simultâneamente de ponte ao caminho de ferro do Limpopo (Pafuri), que parece destinado a grande futuro, visto estar ligado directamente à Rodésia do Sul com o porto de Lourenço Murques.

As outras obras incluídas, como a do porto de Nacala, são de grande interesse para a zona do Norte.

No quadro, seguinte dá-se o movimento financeiro do Plano:

Saldos de anos económicos findos A soma dos saldos de anos económicos findos desde 1931-1932 até fins de 1954 eleva-se a 3 044 625 contos. Neste longo período apenas o ano de 1932-1933 apresentou saldo negativo: 9658 contos.

O volume dos saldos aumentou bastante a partir do fim da guerra. Em 1946 totalizou 197 816 contos e depois de 1950 os saldos foram os seguintes:

Seria hoje muito difícil determinar as aplicações dos saldos. Como se nota, é vaga a designação do exercícios findos, aberturas de créditos ou inscrições orçamentais. Os saldos despendem-se do modo que segue:

Não é possível, e seria hoje muito difícil, determinar as aplicações dos saldos. Como se nota, é vaga a designação de exercícios findos, aberturas de créditos ou inscrições orçamentais.

O relator das contas gostaria de ter um mapa semelhante ao publicado no parecer da, metrópole, que dá a discriminação do emprego dos saldos - em portos, estradas, caminhos de ferro e quaisquer outras rubricas. O uso dos saldos deve ser feito em aplicações de carácter extraordinário, tanto quanto possível em obras de fomento, culturais ou de assistência, e não em despesas ordinárias, como também acontece no ultramar.

Seria assim mais fácil e profícua, a apreciação das contas, porque seria objectiva.

Parece ser necessário estabelecer uma conta única para as diversas obras.

Saldos revalidados A existência de saldos revaliados complica também as contas, visto estes se arrastarem até serem consumidos. Como o que interessa saber é o saldo do ano, a diferença entre as receitas e despesas pagas no ano, incluindo o período complementar, deverá ser achado de modo a não fazer incluir nas contas as verbas que só serão pagas nos anos seguintes, à semelhança do que acontece na metrópole.

No caso por exemplo, do caminho de ferro do Limpopo as contas de gerência do exercício de 1954 apresentam o seguinte:

Mas dos 644 846 contos recebidos, e uma parte ainda não está contabilizada, despenderam-se apenas:

De modo que restavam ainda 202 894 contos. No caso do caminho de ferro do Manhiça os números dão o resultado final: