Francisco Eusébio Fernandes Prieto.

Gastão Carlos de Deus Figueira.

Herculano Amorim Ferreira.

Jerónimo Salvador Constantino Sócrates da Costa.

João Alpoim Borges do Canto.

João Luís Augusto das Neves.

João Mendes da Gosta Amaral.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim Mendes do Amaral.

Joaquim de Pinho Brandão.

Joaquim de Sousa Machado.

Jorge Botelho Moniz.

Jorge Pereira Jardim.

José Garcia Nunes Mexia.

José Gualberto de Sá Carneiro.

José Maria Pereira Leito de Magalhães e Couto.

José Soares da Fonseca.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís de Azeredo Pereira.

Manuel Cerqueira Gomes.

Manuel Colares Pereira.

Manuel de Magalhães Pessoa.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa A roso.

Manuel Maria Múrias Júnior.

Manuel Maria Vaz.

Manuel Marques Teixeira.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis

Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque

Mário de Figueiredo.

Paulo Cancella de Abreu.

Ricardo Vaz Monteiro.

Sebastião Garcia Ramires.

Venâncio Augusto Deslandes.

Sr. Presidente: - Estão presentes 73 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 20 minutos.

O Sr. Presidente: - Estão em reclamação os n.ºs 137 e 138 do Diário

Pausa.

O Sr. Presidente: - Visto nenhum Sr. Deputado desejar fazer qualquer reclamação, considero-os aprovados.

Deu-se conta do seguinte

Vários a apoiar as considerações do Sr. Deputado João Valença acerca do hospital de Viana do Castelo.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado António de Almeida.

O Sr. António de Almeida: - Sr. Presidente: há cerca de dois anos usei da palavra, neste lugar para me pronunciar sobre a necessidade de se manter uma linha regular de navegação marítima nacional para Timor, a província ultramarina que tenho a honra de representar nesta Casa. Não passaram muitos dias em que a referida carreira fosse restabelecida; aproveito esta oportunidade para, em nome da portuguesíssima gente de Timor, novamente agradecer ao Governo tão pronta e patriótica deliberação.

Vozes : - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente: hoje vou referir-me às comunicações aéreas entre Timor e a metrópole, um problema que, se não tem a importância económica do das ligações marítimas, se lhe equipara nos aspectos político e espiritual.

Também há pouco mais de dois anos salientei nesta Assembleia o valor da carreira aérea Díli-Cupão, que, com certa regularidade, permitia a união de Lisboa à capital timorense em seis dias. A confiança derivada das comunicações rápidas parecia encurtar a enorme distância que aparta a Mãe-Pátria da mais afastada parcela da Nação e minorava a nostalgia dos parentes e amigos separados, a ponto de levar os portugueses que vivem um Timor a esquecer-se da sua delicada posição geográfica, na zona dos tufões, como magistralmente foi apelidada pelo Sr. Doutor Salazar.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador : - Sr. Presidente: os serviços aéreos de Timor foram criados após a ocupação estrangeira; a existência de aviões nesta província, além das incontestáveis: vantagens que estes representam paru a administração pública e para os interesses particulares, constitui também manifestação real da nossa soberania, que, impressionando os nativos dos territórios estrangeiros vizinhos não menos engrandece o orgulho do Timorenses-portugueses, já que não só os Japoneses, Australianos e Indonésios, mas igualmente os Malai, os Portugueses dispõem de ró óan semo - os barcos voadores.

O Sr. Mendes Correia - V.Ex.ª dá-me licença para uma pequena nota?

O Orador: - Com muito gosto.

O Sr. Mendes Correia: - Quero dizer a V.Ex.ª e à Câmara que ao chegar ao Aeródromo de Cupão, capital da Indonésia, num avião da Ganida, vi ali pousado no campo um avião de Díli. Pois, naquele país tão longínquo e novo como é a Indonésia, senti uma emoção profunda por ver as cores da nossa bandeira.

Isto significa que não é só aos nativos que estimula e emociona a presença, em paragens tão distantes, do pavilhão português, mas também a nós próprios.

O Orador: - Muito obrigado pelas autorizadas palavras de V. Ex.a, que perfilho sinceramente.

Infelizmente, desde 3 de Agosto de 1954 a carreira Díli-Cupão foi interrompida, com o cancelamento da autorização dos nossos aviões para se utilizarem desse aeródromo indonésio. O Governo Português, sempre atento às questões vitais da Nação, não se tem poupado a esforços no sentido de resolver esta importante questão que, mau grado nosso, continua no mesmo pé.

Timor já esteve ligado com a metrópole e com o resto do Mundo por duas vias aéreas: para a Austrália e para a Indonésia.

As comunicações com a Austrália eram feitas quinzenalmente, em aviões militares deste país transportando o Correio consular e outra correspondência e alguns portugueses que pretendessem aproveitar-se desta carreira; porém, a regularidade de tal ligação desapa