doim; a qualidade é fiscalizada no mercado interno e mais rigorosa ainda na exportação.

A nossa legislação é das mais perfeitas nesta matéria; como índice basta salientar que os métodos portugueses de análise, aprovados pela Portaria n.º 10 134, de 9 de Julho de 1942, serviram de paradigma no XIII Congresso Internacional de Oleicultura, realizado em Sevilha, em 1950 à deliberação tomada sobre a unificarão dos métodos de análise.

Dentro da perspectiva indicada no numero anterior, a olivicultura nacional tem assegurada a estabilidade, necessária para o seu natural desenvolvimento.

Com efeito, a linda de tendência da nossa produção de azeite é claramente ascensional, como resulta do mapa seguinte:

Nota. - A baixa registada no sexénio de 1943-1948, em relação ao anterior, explica-se, fundamentalmente, em virtude do 1915 devia ser de safra, ter sido de contra-safra, mercê excepcional desse ano.

A linha de tendência, determinada matematicamente através da produção registada desde 1917-1918 a 1954-1955, acusa a elevação bienal de 5,6 milhões de litros.

A referida linha de tendência, relativamente à última safra, indicava a produção de 1:21,15 milhões de litros, com em desvio-padrão de 19.6 milhões: isto é o máximo e mínimo da colheita deveriam oscilar, respectivamente, entre 141 e 102 milhões.

Lamentavelmente, nem a produção correspondente à linha de tendência (122 milhões) nem o mínimo corresponde ao desvio-padrão (102 milhões) se registaram este ano visto a previsão recente da colheita ser apenas da ordem de 70 milhões de litros.

Os níveis do consumo

Também o consumo nacional de assei te e a respectiva capitação têm vinda a aumentar por fornia pronunciada.

O mapa seguinte é elucidativo:

Metrópole (Médias anuais)

O consumo foi determinado pela fórmula usual (produção + importação -exportação)

A produção do decénio 1940-19.00 foram abatidas 5000t, que transitaram para 1956.

A produção do biénio 1952-1958 (157 360t) foram abatidas 7000t, que transitaram

para o biénio seguinte. A produção do biénio 1954-1955 (169 108t) foram acrescidas 7000 t. de saldos do biénio anterior e abatidas 5000 t, que transitaram para 1956.

Com efeito, a capitação, que foi de 7.71 no biénio 1948-1949, elevou-se sucessivamente para 8.6, 9.1 e 9.91 nos biénios de 1950-1951, 1952-1953 e 1954-1955.

Multiplicando a capitação média registada durante os biénios de 1952-1953 e 1954-1955 (9,3l) pela população actual da metrópole (8,8 milhões de habitantes), obtém-se o consumo anual de 84 milhões de litros. Adicionando a este número a exportação para as províncias ultramarinas, cuja média anual durante o mesmo período foi de 3 milhões, obtém-se o consumo actual do País, que é portanto, da ordem de 87 milhões de litros.

Cotejando os números da produção e do consumo nacional de azeite, não é descabido referir que não parece de recear, durante ao anos próximos, um problema grave [...] de azeite. Podem surgir campanhas excepcionalmente volumosas, como a de 1953-1954, mas os excedentes são circunstanciais e não estruturais.

Como efeito, considerando o consumo nacional de 87 milhões e a exportação para o estrangeiro, cuja média anual foi de ordem de 3 milhões durante o período 1948-1955, a olivicultura nacional tem assegurado o escoamento mínimo anual de 90 milhões de litros.

Se por exemplo, atendermos ao ritmo da linha de tendência para as campanhas futuras de 1963-1964 e 1964-1965, a mesma indica a produção bienal e global de 193 milhões de litros.

Por sua vez o consumo da metrópole, á base da capitação de 9.51- inferior á registada durante o último biénio, de 1954-1955- e considerado o aumento