anual proveniente do saldo líquido da população, exigirá para os anos correspondentes (1964 e 1965) 174 milhões de litros.

Verificar-se-á, pois o excedente bienal de 19 milhões, correspondente ao anual de 9,5 milhões. Ora a exportação para o ultramar e estrangeiro já hoje absorve o mínimo de 6-7 milhões. Portanto, mesmo que se mantenha estacionárias a exportação e a capitação -e é de admitir que aumentem, o excesso calculado de 2,5 milhões- não tem significado de realce.

Parece, pois, com base nos elementos susceptíveis de utilização, não lia ver para os anos mais próximos perspectiva-» graves quanto a excedentes patológicos da produção nacional de azeite. Há. ao contrário, que recear desnivelamentos ocasionais entre a produção o consumo, tanto no período terminal das campanhas do contra-safra como em consequência de adversidades natural, semelhantes às ocorridas no presente ano cultural.

Consumo e preço do óleo

Como se referiu anteriormente, o consumo de óleo de amendoim é admitido para suprir os deficits de azeite e para libertar quantidades deste para a exportação.

O consumo metropolitano de óleo de amendoim foi o seguinte durante os últimos vinte anos:

Nota - Na rubrica «Alimentação pública» está incluído todo o óleo não destinado as conservas de peixe.

O consumo é normalmente, superior nos anos impares que correspondem às campanhas de contra-safra de azeite; a relação entre o consumo de azeite e óleo

aumento deste quando há escassez do primeiro - podo ver-se ainda através dos números registados no triénio de 1945-1947 (correspondentes ai três contra-safras seguidas de 1944-1945 a l946-1947) e do elevadíssimo consumo verificado em 1949, correspondente à deficiente contra-safra de azeite de 1948-1949. que foi apenas de 32 milhões de litros.

Durante 1954 e 1955 -seguintes à grande safra de 1953-1954 e à boa contra safra de 1954-1955 foram adoptadas as soluções tradicionais quando há excedentes de azeite e fica em perigo a sua posição.

a) Foram reduzidos os contingentes de importação de amendoim, tendo havido um decréscimo de consumo de cerca de 3500 t em relação ao registado no biénio anterior:

b) Elevou-se em Março de 1954 o preço do óleo de amendoim, na venda ao público, de 10$60 para 12$80 por litro, a fim de reduzir o respectivo consumo e proteger o azeite.

Com efeito, o preço anterior - 10$00 por litro- foi fixado em 1947, quando os preços da mancarra (amendoim em casca) e ginguba (amendoim descascado) eram, respectivamente, de 2$ 12 e 2$80 por quilograma

F.O .B.

Posteriormente verificaram-se as seguintes alterações:

(Quilogramas-F. 0. B.)

Revelam estes números os sucessivos aumentos de preço do amendoim, a fim de não estancar a produção ultramarina; na campanha de 1952 foi mesmo imperioso elevar o preço da mancarra e da ginguba, respectivamente, em $80 e l$ por quilograma, para evitar a drenagem dos produtos e a retirada dos próprios indígenas para as colónias vizinhas, fenómenos surgidos com particular acuidade na Guiné.

Todavia, apesar das elevações registadas no preço das sementes, o do óleo manteve-se no nível fixado em 1947. É assim, a fim de evitar encargos ao Fundo de Abastecimento, permitir u continuidade e fomento da produção ultramarina e proteger o azeite, efectuou-se em Março de 1954 o reajustamento referido -elevação do preço do óleo de l0$60 para 12$80-, com o qual nada beneficiaram as fábricas de óleos.

O «déficit» de azeite durante o biénio de 1956 e 1957

O consumo de azeite da metrópole e das províncias ultramarinas é. como se referiu, da ordem de 87 milhões de litros, ou sejam 174 milhões durante o biénio 1954-1955.

Os saldos de azeite que transitaram da campanha de 1954-1955 (5 milhões), adicionados a previsão da última colheita (75 milhões) e à estimativa da futura contra-safra de 19.56-1957 ('55 milhões) perfazem apenas 135 milhões; consequentemente regista-se um déficit de azeite da ordem de 39 milhões de litros, que tem de ser suprido com óleo de amendoim.

Além deste consumo suplementar de óleo, há o consumo normal do produto, da ordem de 8-10 milhões de litros anuais; isto é, o consumo total e previsível de óleo durante o biénio de 1950-1957 é da ordem mínima de 55 milhões de litros.

Como se referiu no relatório da portaria n.º 15 766, os saldos existentes em l de Janeiro, adicionados ao amendoim ultramarino disponível e às compras de ginguba estrangeira já concluídas, perfazem cerni dia 24 milhões de litr os. Posteriormente já í o rã m adquiridas mais 3000 t de óleo estrangeiro que já começaram a chegar ao País durante o mês corrente-. e assim as disponibilidades totais de 27 milhões de