João Luís Augusto das Neves.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim de Sousa Machado.

Jorge Botelho Moniz.

Jorge Pereira Jardim.

José Garcia Nunes Mexia.

José Gualberto de Sá Carneiro.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José Soares da Fonseca.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriaga de Sã Linhares.

Luís de Azeredo Pereira.

Luís Maria Lopes da Fonseca.

Manuel Maria Múrias Júnior.

Manuel Marques Teixeira.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Leonor Correia Botelho.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes doa Reis.

Mário de Figueiredo.

Paulo Cancella de Abreu.

Ricardo Malhou Durão.

Rui de Andrade.

Sebastião Garcia Ramires.

Venâncio Augusto Deslandes.

O Sr. Presidente:-Estão presentes 63 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 10 minutos.

O Sr. Presidente:-Está em reclamação o Diário das Sessões n.º 149.

Pausa.

O Sr. Presidente:-Visto nenhum Sr. Deputado desejar fazer qualquer reclamação, considero-o aprovado.

Deu-se conta do seguinte

Da Câmara do Representantes de Cuba a cumprimentar a Assembleia Nacional por motivo da celebração do Dia de Camões.

O Sr. Presidente:-Estão na Mesa, enviados pelo Ministério da Economia, os elementos pedidos pelos Srs. Deputados António Rodrigues e Galiano Tavares nas sessões de 10 de Dezembro de 1954 e 8 de Fevereiro do corrente ano, respectivamente. Estão igualmente na Mesa os elementos fornecidos pelo Ministério das Obras Públicas em satisfação do requerimento apresentado pelo Sr. Deputado Trigueiros Sampaio na sessão de 20 de Abril último. Vão ser entregues àqueles Srs. Deputados.

Encontra-se também na Mesa o parecer n.º 37 da Câmara Corporativa, relativo à instituição das corporações. Vai baixar, para estudo, às Comissões de Política e Administração Geral e Local, de Economia, de Legislação e Redacção e de Trabalho, Previdência e Assistência Social.

Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado

Alberto Cruz.

O Sr. Alberto Cruz: - Sr. Presidente: com vista a uma possível intervenção parlamentar no sentido de defender, como è meu timbre e, aliás, de todos os meus ilustres colegas nesta Assembleia, a indústria e a mão-de-obra nacionais, isto ó, o capital e o trabalho, vou, depois de breves considerações, pedir a V. Ex.ª que consiga, com a maior urgência, das repartições competentes os esclarecimentos de que necessito.

O problema que tentarei abordar, de protecção ao trabalho nacional, tem a maior acuidade.

Tem-se fomentado, e muito bem, a criação de pequenas indústrias, em pequenas terras do nosso pais, pletóricas de braços que exigem colocação para lutar pela vida e com o seu esforço darem também valioso contributo ao engrandecimento e prestígio crescente do nosso Portugal.

Essas indústrias, apesar de pequenas, pesam muito na economia das terras donde são originárias. Nelas estão investidos capitais amealhados à casta de muitos sacrifícios, de penosos e longos anos de trabalho.

Nelas também ganham honradamente o seu pão e o dos seus milhares de patrões e operários, que assim usufruem uma relativa felicidade.

Vozes: - Muito bem !

O Orador:-É necessário, pois, e sempre na medida do possível, auxiliá-las, mas com vista ao embaratecimento e qualidade dos produtos em relação aos estrangeiros, para que se não caia no abuso que uma exagerada protecção possa acarretar em detrimento dos pobres consumidores.

Nas altas esferas, onde estes problemas são conhecidos e, de certa maneira, os comandam, tem de se meditar muito e a sério nas suas soluções, para não vir a suceder o que actualmente acontece com a indústria de chapéus, vitimada dolorosamente por crise sem precedentes e que ninguém me convence da impossibilidade de qualquer necessário amparo. Houvesse compreensão e boa vontade e há muito teria acabado a impertinência das minhas palavras.

Vozes: - Não apoiado!

O Orador:-Sr. Presidente: acabam de passar em festa os trinta anos da Revolução Nacional, e quem percorrer o Pais com a alma limpa de despeitos ou reservados conceitos receberá agradável impressão de progresso pela transformação radical operada em quase todos os sectores da nossa economia.

O mesmo surto de grandes e progressivas realizações ocorre no nosso Portugal insular e ultramarino.

E se quem percorrer o País e o seu vasto império for português de verdade e não pelo acaso de nascimento, português de coração, com portuguesismo bem arreigado, sentirá ainda mais, além da sua admiração pelo que verá, orgulho de ter nascido na mesma terra onde nasceu o grande estadista, principal autor desse renascimento, glória da raça latina, de que Portugal e Espanha são grandes expoentes no momento presente. Contra o que muitos querem afirmar, a raça latina não está tão decadente como desejam fazer acreditar, pois tem dentro de si estes dois países, que são e serão baluartes da milenária civilização cristã.

Vozes: - Muito bem!

O Orador:-Por múltiplas razões, sinto ao fim destes trinta anos de percurso da Revolução Nacional um orgulho talvez maior que muitos outros portugueses e olho com a maior confiança para diante, para o futuro.

Vozes: - Muito bem!