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Procura-se, portanto, que as provas escritas possam constituir assim como que um meio verdadeiramente impessoal de avaliar se se justifica, ou não, que o aluno preste provas orais; isto é: sabendo-se que as duas provas se têm de considerar indispensáveis para um julgamento objectivo e seguro, admite-se, dentro de certa lógica, que a quem não mostre ter atingido um mínimo de preparação suficiente não vale a pena perder tempo, e fazê-lo perder, em provas suplementares.

A experiência ensina-nos, porém, todos os dias que a uma prova deficiente de escrita nem sempre fatalmente correspondem provas deficientes na oral; esta serve, portanto, e quantas vezes, não só para melhor acertar valores de classificação, mas para corrigir também uma ideia falsa, ou para tirar uma dúvida, que a prova escrita porventura deixasse no espírito do classificador.

Daqui o cuidado extremo que se impõe para a concepção, estruturação e redacção desses pontos delicados, dado serem eliminatórios ou poderem contribuir para uma eliminação, sem recurso, portanto, para uma apreciação ulterior; quer isto dizer então que, se não devem ser tão fáceis, ou tão simples, que permitam a passagem dos ineptos ou dos incompetentes, não podem também, de forma alguma, ser concebidos ou apresentados de modo que só os «iluminados» ou os «com muita sorte» possam vencer esse sempre atormentante Rubicão ...

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador:- A verdade está em que, hoje em dia, a preparação liceal deixou de ser ùnicamente um meio de se adquirir um mínimo de satisfatória cultura ou forma indispensável de passagem para cursos superiores, visto ser, inclusivamente, condição irremovível para a obtenção de grande parte de empregos que possam constituir, num futuro bem próximo, o indispensável ganha-pão.

O Estado dá-nos, aliás, o próprio exemplo, visto exigir para certos lugares, bem modestos, da hierarquia burocrática o certificado de exame do 5.º ou do 7.º ano liceal.

Não quero, Sr. Presidente, com isto criticar tal facto, dado encará-lo como um princípio defensável de escolher o funcionalismo público de entre aqueles que, possuindo uma melhor preparação cultural, de mais meios disporão para elevar o nível em que decorrerão os seus serviços; quero unicamente referi-lo como um dado a mais a ponderar na cautela que se impõe quanto a essas provas eliminatórias, no fito de impedir injustiças causadora s de insuperáveis prejuízo», que está em nossa mão remover.

A objectividade - a severidade, até - duma apreciação não traz, evidentemente, acorrentada a si a necessidade de se criarem condições capazes para permitirem unicamente avaliar do que o aluno não sabe; pelo contrário, até, impõe que se parta de processos que habilitem o julgador a considerar os conhecimentos, o grau de cultura e a eficiência do preparo que o aluno na realidade tem.

Se se deseja, portanto, adquirir a certeza de que o aluno sabe o mínimo suficiente para poder ir à oral, nào é pela negativa que seria legítimo, e possível, avaliar com justiça e ponderar ;com critério.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

forma, subtilezas de apresentação, abstracções daquelas realidades, que afincadamente viveram dentro dos seus programas, só pode contribuir para dar a impressão de que não sabem muitos daqueles que tinham, apesar de tudo, preparo suficiente e honesto para mostrar que sabiam.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Nào me repugna, portanto, afirmar que, se a percentagem de reprovações nessas provas escritas ultrapassar um máximo tolerável, a culpa poderá ser dos pontos ou do ensino, mas não é dos alunos, com certeza.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

evada e tão digna, em tão pouco tempo conquistou.

Vozes: - Muito bem!