Sobre o comércio bancário podemos elaborar o seguinte quadro:

(ver tabela na imagem)

Também aqui a percentagem da referva da caixa sobre os depósitos à ordem é muito superior ao limite legal, que é de 20 por cento. Depósitos a prazo não existem legalmente, porquanto foram suspensos em 1951.

Quanto à moeda metálica divisionária da província a sua cunhagem foi autorizada pelo Decreto n.º 38 607, de 19 de Janeiro de 1952, e destinou-se à substituição das cédulas e notas que se vão inutilizando. O montante da emissão autorizada foi de 15 milhões de patacas, mas até 1955 foi apenas recebida na província moeda metálica no valor de $ 5:032.800.

No entanto, as cédulas a substituir já se encontram todas recolhidas e inutilizadas por queima, estando em poder da filial do Banco Nacional Ultramarino na província as que foram emitidas ao abrigo da Portaria Ministerial n.º 13033, de 8 de Agosto de 1951, e do artigo 4.º do Decreto n.º 38 607, de 19 de Janeiro de 1952, emissão esta no montante de $ 822.000,00, em cédulas de 2, 5, 10 e 20 avos.

Existem, além destas, na caixa da filial do Banco Nacional Ultramarino cédulas novas de 50 aros, num total de $ 505.000,00, da emissão autorizada pelo Decreto n.º 35 785, de 6 de Agosto de 1946, nunca postas em circulação por ser parecer da mencionada filial que essas cédulas deveriam ser conservadas para uma futura necessidade em caso de emergência.

Tal parecer teve n concordância de S. Ex.ª o Subsecretário de Estado do Ultramar, ficando, no entanto, determinado que nenhuma cédula poderá voltar u ser lançada em circulação sem autorização ministerial.

Comércio externo - Balança de pagamentos O quadro seguinte mostra a posição do comércio externo 110 quadriénio 1952-1955:

(ver tabela na imagem)

Como se vê, a balança comercial da província agravou-se ainda mais em 1953, apresentando um saldo negativo de $ 405:396.248, resultante de um forte acréscimo da importação e de uma diminuta exportação. Todavia, é de notar que esta aumentou e, compulsando os quadros já elaborados sobre a actividade bancária, podemos dizer que, embora continuando a grave crise económica e financeira, com evidentes reflexos no comércio local, se verificou no ano findo um ligeiro aumento em operações feitas no Banco. É certo que algumas operações de empréstimos mais revelam, talvez, consequências dessa crise do que propriamente mais desafogo, mas também se pode inferir uma leve melhoria na situação desesperada em que por certo vivia o comércio. Segundo informações da província, esta leve melhoria não é, todavia, de carácter geral, pois ela aproveita apenas a poucos exportadores e a poucos fabricantes, que estão sendo bem sucedidos nas suas exportações para Angola e Moçambique. E a causa da extre ma redução do comercio externo da província encontra a sua explicação nos embargos impostos por certos países às exportações de todas as mercadorias que, directa ou indirectamente, podem ser aproveitadas para fins militares.

Por último, seguem-se quadros elucidativos do movimento de importação e exportação, segundo as classes da pauta aduaneira e relativos ao quadriénio 1952-1955:

Quadro I

(ver tabela na imagem)