Para além da aplicação rigorosa da lei sobre altas especulativas e do reforço do controle eobre os preços, deve pôr-se a necessidade de corrigir vícios na distribuição em sectores onde a margem dos intermediários seja porventura excessiva.
Na tendência que se esboça não têm qualquer acção os factores de ordem financeira: a balança de pagamentos apresenta um diminuto saldo; por outro lado, tem-se procurado exercer uma acção coordenada regulando os saldos da tesouraria e procurando manter a expansão do crédito dentro de limites prudentes.
Investimento
Na verdade o quadro XI demonstra que para o triénio 1953-1955 o programa revisto previu um investimento da ordem dos 4 904 400 contos e que na realidade se efectuaram financiamentos no valor de 4 320 000 contos e dispêndios efectivos de 4 020 400 contos. A percentagem dos financiamentos é assim de 88 por cento e a dos dispêndios de 82 por cento.
Programas e efectivações financeiras do Plano de Fomento para a metrópole
(ver tabela na imagem)
No fim de 1955 estavam por utilizar: dos financiamentos de 1953, 22 289 contos; dos financiamentos de 1954, 207 094 contos, e dos financiamentos de 1955, 70 087 contos.
Note-se, porém, que nesse período certos empreendimentos exigiram um aumento das verbas inicialmente previstas. Ao excesso do financiado sobre o despendido (299 470 contos) devem acrescentar-se essas dotações suplementares, no montante de 60 054 contos.
Como, aliás, já se referiu, as previsões têm sido objecto de alterações sucessivas, tendo o programa geral de 1956 passado de l 855 700 contos (27 de Maio de 1955) para 2 282 286 contos em Agosto último.
E pouco provável que a previsão seja completamente realizada, pois a quatro meses do fim do ano existem muitas verbas a movimentar, com a agravante de o despendido estar aquém do financiado na importância de 102 586 contos.
Execução do Plano de Fomento para a metrópole durante o ano de 1956 (até 31 de Agosto)
(ver tabela na imagem)