Evolução da situação bancária
(Em milhares de contos)
A expansão do crédito no período considerado é ligeiramente inferior à que se verificou no período homólogo do ano anterior.
A diferença é mais significativa nos empréstimos do que na carteira comercial.
A situação este ano é, porém, diversa, pois o aumento total dos depósitos à ordem permitiu que a expansão se efectuasse recorrendo em muito menor grau às reservas de caixa, enquanto que no ano transacto a contracção dos depósitos à ordem tinha originado uma redução de mais de l milhão de coutos nessas reservas.
Ao analisar separadamente a situação dos bancos comerciais e das caixas económicas verifica-se que aquelas conclusões resultam de movimentos diversos: enquanto que a expansão do crédito pelos bancos comerciais se realizou u custa das reservas de caixa - embora em menor volume do que no ano findo, por ter sido agora menor a contranção dos depósitos -, as caixas económicas puderam também dilatar o seu crédito, vendo simultaneamente aumentadas as suas rese rvas de caixa, dado o acréscimo dos seus depósitos à ordem.
Algumas reflexões sobre o desenvolvimento
E, ainda que não possamos sentir-nos satisfeitos - a tarefa de alargar a riqueza nacional nunca um governo poderá dá-la por finda -, foi indiscutivelmente muito o que de então para cá se realizou; o verdadeiro valor desse esforço só se avalia com rigor quando se tenham em couta as características da conjuntura política, económica, social e cultural em que se alicerçou a fase de arranque: luta contra a inexistência de uma infra-estrutura capaz, contra a ausência do técnica e de dinheiro e até contra as propensões, os hábitos e a mentalidade.
Muitos destes factores adversos não estão ainda totalmente dominados, mas a experiência dos anos passados e a enorme contribuirão positiva que no progresso do País ela ofereceu constituem, sem d lívida, as realidades diferentes em que hoje -se quisermos ter o nível que possibilita a renovação dos últimos trinta anos - deve assentar a formulação de soluções de mais vasta envergadura e a sua execução a ritmo que corresponda às justas aspirações de melhoria da vida.
Um processo de desenvolvimento económico dificilmente permite a obtenção de resultados espectaculares em curto prazo, mesmo quando esse processo se desenvolve numa economia atrasada. Isto não quer dizer que se não reconheça a possibilidade de alterar as características do processo actual de desenvolvimento de modo a criarem-se as verdadeiras condições não só para um aproveitamento total dos recursos existentes, mas também para a intensificação do ritmo de renovação dos sectores que mais rapidamente possam contribuir para uma elevação real do nível de vida.
Decorre um Plano de Fomento e já outro activamente se prepara.
As lições colhidas ao longo da execução do primeiro, as perspectivas que este veio abrir e as recentes tendências da conjuntura interna e internacional consentirão, certamente, que o novo Plano de Fomento traduza já uma visão integral do problema do desenvolvimento e se proponha a realização de objectivos de repercussão, no nível geral de vida, mais directa e imediatamente apreciáveis.
O problema da aceleração do desenvolvimento comporta, porém, dificuldades que na sua resolução impõem extremos de cuidado e de ponderação.
Mas a elevação do consumo ao nível desejado só poderá resultar de um aumento da capacidade produtiva.
O círculo vicioso que senipre se forma em torno das economias atrasadas haveremos de quebrá-lo pela intensificação do investimento, pois é à escassez do capital, relativamente à mão-de-obra. que se deve fundamentalmente a fraca produtividade do trabalho nacional.
As notas que se seguem procuram dar conta da atitude que norteia a actuação do Ministério quanto a algumas das determinantes do progresso económico.
A assistência técnica