gens do conjunto, e comparam-se com idênticas despesas em 1938.

(Ver quadro na imagem)

Verificam-se importantes variações na influência de cada capítulo das contas. Indicam-nos, de qualquer modo, as próprias transformações ocorridas nas províncias ultramarinas no período que decorreu desde aquela data. Embora o estudo que possa fazer-se diga respeito a factos e acontecimentos do passado, ele pode dar interessantes indicações sobre o futuro, sobretudo no que se refere à importância do desenvolvimento dos instrumentos de progresso material no ultramar.

É notável a importância dos serviços de fomento, em que a percentagem das despesas subiu de menos de 18 por cento, em 1938, para mais de 50 por cento, em 1955.

Do mesmo modo os encargos gerais se elevaram de cerca de 14 para cifra um pouco superior a 20 por cento.

Neste caso as verbas que mais pesam neste capítulo referem-se a pessoal, visto se incluírem as subvenções, o abono de família e outras de certa importância.

Ainda que não se possam tirar ilações definitivas da percentagem correspondente aos serviços de administração geral e fiscalização, pode dizer-se que, apesar da descida na percentagem, a subida em valores absolutos é de interesse. Revela melhor ocupação e tenderá porventura a aumentar com o povoamento interno e alargamento mais intensivo das actividades administrativas no interior de vastos territórios.

A comparação de 1954 e 1955 No que diz respeito a 1954, ano anterior ao que agora está sujeito a apreciação, as cifras são mais homogéneas, embora se devam notar as modificações importantes em Moçambique.

Os números, expressos em contos, por capítulos orçamentais, com as respectivas percentagens para um e outro ano, são os indicados no quadro a seguir.

(Ver quadro na imagem)

A subida nos serviços de fomento influenciou as percentagens dos restantes capítulos. Em todos houve, porém, aumento de despesa, com excepção dos serviços militares e exercícios findos.

Nalguns, como no serviço da dívida pública, o acréscimo de despesa foi muito pequeno - poucas centenas de contos. Noutros, por exemplo nos serviços de administração geral e fiscalização, o aumento foi de cerca de 16 600 contos. Os encargos gerais ainda progrediram bastante.

E natural que, uma vez remodelado o orçamento no sentido de se deslocarem algumas verbas inscritas neste capítulo para outros onde elas tenham melhor cabimento, se dê descida nos encargos gerais, embora com reforço doutros capítulos.

Finalmente, nota-se o grande aumento no total da despesa de 1955, em grande parte resultante dos serviços de fomento.

Despesas extraordinárias Tanto em Angola como em Moçambique o somatório das despesas extraordinárias nos últimos dois anos foi superior a 500 000 contos.

No conjunto das províncias ultramarinas as despesas extraordinárias somaram 1 363 700 contos, números redondos - mais 254 000 contos do que em 1954.

O aumento acentuou-se especialmente em Moçambique, mas todas as outras províncias acusam progressos, com excepção de Timor, onde se deu uma pequena diminuição.

No quadro seguinte indicam-se as despesas extraordinárias de cada uma das províncias ultramarinas e da metrópole durante certo número de anos, a começar em 1938. E na última coluna dão-se os totais, para cada ano, de todos os territórios portugueses.