Quanto à exportação, a queda foi apreciável - cerca de 153 000 contos -, mas a tonelagem exportada é de quantitativo sensivelmente idêntico ao do ano anterior.

Este facto, digno de merecido destaque, revela a vitalidade da província, ainda quando as cotações dos géneros produzidos não são favoráveis. Mostra, além disso, as possibilidades do progresso na balança de comércio. Os números a seguir definem o movimento de importação nos dois últimos anos:

(Ver tabela na imagem)

A importação em 1950 é idêntica à de 1952, em quantidade, embora de maior custo, e inferior à de 1954. A província necessita de grande variedade de produtos do exterior. Os tecidos de algodão, os vinhos comuns e licorosos, os automóveis e demais veículos, as máquinas para usos industriais, agrícolas e outros, o ferro e aço e os combustíveis representam as principais importações.

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A soma das importações dos produtos acima referidos é de cerca de 1 200 000 contos, num total importado de 2 688 000 contos. Todos esses produtos tendem paira aumento na medida em que se desenvolve a economia provincial. E possível que a indústria interna possa reduzir a entrada de alguns, como, por exemplo, os tecidos de algodão. Mas tudo indica que se acentuará a entrada de veículos, tanto de automóveis de carga como de passageiros, sobretudo quando se completar a actual rede de estradas, agora em curso de construção.

O ferro e o aço, em obra e em bruto, são essenciais ao desenvolvimento económico da província e o uso da máquina constitui uma das condições do seu progresso.

Não parece, pois, fundada a previsão, para o futuro, de grandes alívios na importação das mercadorias acima mencionadas. O esforço no sentido do equilíbrio deverá porventura incidir sobre outros artigos de menor peso individual no conjunto, mas que ainda formam bem mais de metade do total. A exportação foi de 2 805 000 contos, ou cerca de 489 000 t. Embora se elevasse 238 t em relação a 1954, a perda em valor foi de perto de 153 000 contos.

Comparando os dois últimos anos, obtêm-se os resultados seguintes:

(Ver tabela na imagem)

Como se nota, a descida na exportação foi motivada essencialmente pela quebra nos preços dos produtos exportados.

Pode dizer-se que a diminuição nas cotações destes produtos foi geral. Deu-se em quase todas as mercadorias. Mas acentuou-se sobretudo no café, que, aliás, continua a representar aparcela mais importante na exportação.

Por ordem de grandeza, lia três produtos que pesam muito na economia da província: o café, os diamantes e o peixe (sob a forma de farinha, seco e em conservas). Outros de interesse são o sisal, as oleaginosas, o algodão e o açúcar.

Uma lista dos produtos exportados em 1955 dá ideia dos recursos da província:

(Ver tabela na imagem)

(a) Milhares do quilates.

Estes oito produtos representam cerca de 2 438 000 coutos nas exportações, num total de 2 800 000 contos, números redondos. O resto é constituído por variadas mercadorias.

Predominam entre elas o óleo de palma (42 500 contos), a crueira (40 500 contos), o feijão (30 200 contos), e coconote (33 900 contos), a cera (29 000 contos), e manganês (21 700 contos) e o cobre (18 700 contos).

Em 1955 diminuiu sensivelmente a exportação de café, devido à baixa acentuada nas cotações. O declínio foi da ordem dos 95 000 contos, embora o peso exportado fosse muito maior.

Podem comparar-se para este produto os anos de 1954 e 1955:

(Ver tabela na imagem)

Dizem os números que para um aumento de 12 296 t na exportação de café se deu o decréscimo de 94 701 contos no valor.

É, até certo ponto, consolador o comportamento de outros produtos, em que, apesar de condições adversas do ano agrícola, se deu aumento na exportação.