O acréscimo foi de 29 500 contos no sisal, de 9500 contos na crueira, de 7750 contos na madeira.
A indústria do peixe continua a desenvolver-se, pois se exportaram em 1955 mais 6000 contos do que em 1954. Contudo, a tonelagem do que saiu foi menor. A qualidade e melhores cotações representam as causas do aumento.
Por outro lado, a luta, cada vez mais intensa, entre as diversas áreas monetárias há-de requerer maiores cuidados da metrópole, tanto no fabrico de produtos para o ultramar como na adaptação das suas indústrias ao uso de matérias-primas e outros produtos.
A importação da metrópole atingiu 46,7 por cento, ou cerca de 1 256 000 contos, ocupando o primeiro lugar. Em seguida figuram os Estados Unidos da América, com 14,5 por cento, ou 388 000 contos. O Reino Unido, a Alemanha e a Bélgica-Luxemburgo vêm a seguir, com, respectivamente, 12, 10 e 4 por cento. A Alemanha exportou para Angola 265 000 contos e importou pouco mais de 238 000 contos.
Na exportação ocuparam o primeiro lugar os Estados Unidos da América, com 648 000 contos, seguidos pela metrópole, com 631 500 contos. Outros importadores de relevo de Angola são o Reino Unido (382 000 contos), a Holanda (242 000 contos), a Alemanha (238 000 contos) e, em menor grau, a França (95 500 contos) e a Bélgica, com 95 000 contos. Houve saldos positivos com diversos países, nalguns casos volumosos.
Porém, o caso da Alemanha necessita de ser visto. E conhecido o elevado saldo positivo deste país em relação à metrópole. Sendo, por natureza, grande consumidor de matérias-primas e substâncias alimentícias (café, óleos, fibras e outras), parecia que o déficit metropolitano com aquele país poderia ser neutralizado pelo saldo positivo com as províncias ultramarinas. E verifica-se que assim não é.
A metrópole deve importar mais de Angola. Alguns produtos que vêm do estrangeiro poderiam ser produzidos nas províncias ultramarinas, e por diversas vezes se tem mencionado neste lugar o caso do tabaco.
Não há razão de qualquer natureza que explique ou justifique a estranha anomalia de uma importação maciça de tabaco dos Estados Unidos em detrimento de uma cultura que a experiência tem demonstrado poder ser rendosa e altamente colonizadora em Angola e Moçambique.
Por outro lado, parece ser fácil, com um pequeno esforço de organização, melhorar as produções de algumas matérias-primas necessárias à metrópole, que, em certos anos, pesam na sua balança de comércio.
O caso do algodão necessita de melhor compreensão das condições locais, tanto em Angola como em Moçambique. Algumas zonas até há pouco mal conhecidas podem alargar consideràvelmente a sua influência na produção de algodão, como a da Baixa de Cassanje, no distrito de Malanje.
A melhoria da rede de comunicações, a maior proximidade do caminho de ferro de Malanje, que se prolonga até ao Lui, e melhorias apreciáveis nos métodos de cultivo, tanto por indígenas como por europeus - e neste último aspecto é indispensável rever a legislação actual -, devem certamente concorrer para
intensificar a produção de algodão, tanto de fibra curta como de fibra longa. Análises de colheitas deste último tipo de fibra têm provado as possibilidades da província.
Contos
Receitas ordinárias provenientes de saldos
Receitas extraordinárias 891 557
Adiante se indicará, em pormenor, a origem das receitas ordinárias e extraordinárias.
A despesa total paga foi de 1 609 339 contos, assim repartidos:
Contos
As receitas ordinárias aumentaram apreciavelmente em 1955 e excederam bastante as receitas orçamentadas. O ritmo de aumento das receitas ordinárias diminuiu nos últimos dois anos. Em todo o caso, ainda atingiu 97 000 contos em 1955.
O exame das cifras orçamentadas e cobradas mostra que as cobranças ultrapassaram substancialmente as quantias orçamentadas, algumas vezes em centenas de milhares de contos.
Para se ter ideia da evolução das receitas ordinárias, publica-se a seguir um quadro que mostra as previsões orçamentais e as cobranças em diversos anos, a partir de 1930-1931: