Estudos e projectos ...... 741
Restituição à conta do imposto do sobrevalorizações das importâncias que nos anos de 1953 e 1954 foram a mais escrituradas como receita orçamental......73496 79774
A interpretarão das cifras do quadro requer alguns comentários .
No primeiro grupo dá-se nota do que pertence ao Plano de Fomento, do que foi realizado através do Fundo de Fomento e de outras despesas com diversas finalidades.
Há algumas que não são suficientemente explícitas, como a de 65 925 contos realizada por intermédio do Fundo de Fomento, e conviria de futuro dar mais esclarecimentos sobre ela.
Conviria também dar nota dos trabalhos mais importantes realizados por força das verbas de despesas extraordinárias, mormente daquelas que são custeadas por força de empréstimos.
Para tornar mais objectivo o quadro acima publicado. relativo às despesas extraordinárias, podem elas agrupar-se do modo seguinte:
Aproveitamentos hidroeléctricos .... 69 907
Prospecção mineira e geológica ..... 4 134
Estradas ............... 100 000
Restituição u conta do imposto das sobre-valorizações das importâncias a mais escrituradas em 1953 e 1954 ...... 73496
As duas maiores verbas são as de caminhos de ferro e estradas. Adiante se procurará examinar o que se inclui em «Outras».
Povoamento e rega
A obra da Cela tem sido financiada por verbas de diversa origem. Não estão á vista as cifras relativas ao ano de 1955. Até meados desse ano, segundo nota recebida pelo relator das contas, o total gasto era da ordem dos 150 000 contos e havia despesas feitas por couta de colonos ainda não instalados e obras em curso que seriam acabadas por força de novos créditos abertos depois.
A obra da Cela é uma experiência de colonização e os seus resultados, relacionados com o custo, só poderão ser apreciados decorridos alguns anos.
Nesta matéria á que considerar dois aspectos fundamentais: o do custo e o da necessidade de ocupar a província por europeus de origem portuguesa.
Quanto ao primeiro, deve notar-se que os recursos disponíveis são pequenos em relação às necessidades.
É indispensável manter em nível alto as exportações porque um país em pleno desenvolvimento requer elevadas importações. O próprio povoamento por europeus
gera o seu acréscimo. De modo que há vantagem em estabelecer prioridades no dispêndio dos recursos financeiros, e não deve ser esquecida esta lei fundamental um países novos.
O povoamento de europeus é essencial. Ë preciso transferir para o ultramar, e especialmente para Angola e Moçambique, o maior somatório possível dos excessos demográficos que não sejam facilmente absorvidos na metrópole. E mister para o efeito criar condições de vivência e adaptação.
A escolha de projectos em qualquer plano de fomento ultramarino deverá considerar a absorção de trabalho europeu e as possibilidades de exportação. Não são antagónicas estas duas condições, e em cetos casos, como na produção de tabaco, afigura-se ser relativamente fácil a harmonia entre elas.
Em matéria de irrigação, pequenos aproveitamentos, sobretudo no caso de colonatos indígenas, permitirão fixar populações em aldeament os próprios e evitar o nomadismo que ainda impera em algumas regiões.
Quando for possível a execução de projectos de maior relevo, o aproveitamento múltiplo dos caudais parece dever ser a norma, como no caso do Cuanza.
Energia
O aproveitamento do Cuanza-Bengo foi objecto de largas referências no apêndice ao parecer de 1954 e não vale a pena fazer-lhe agora maiores comentários. Apenas se mencionará de novo a sua urgência.
Caminhos de ferro
Já o ano passado se emitiu opinião sobre este assunto, que, em súmula, se pode resumir na ideia de reduzir