Em geral não se consomem no ano as receitas cobradas. Há sempre excessos entre as receitas e despesas extraordinárias. O de 1905 foi bastante grande. Significa que não foi gasto o produto do empréstimo contraído na metrópole.

Um mapa organizado pelos serviços de Fazenda esclarece o mecanismo das receitas e despesas extraordinárias. Contém a indicação da origem e destino das verbas orçamentadas e dos créditos abertos. Ë o seguinte:

Plano de Fomento:

Inscrição no orçamento proveniente

Comparticipação dos caminhos de ferro .......... 10000 ..... 333034

Créditos abertos com recurso em empréstimos

Créditos abertos com recurso nos saldos de

Para outras despesas extraordinárias:

Inscrição no orçamento proveniente de saldos

Créditos abertos com recurso nos saldos

Plano de Fomento:

Despesa realizada por conta da dotação

Créditos abertos com recurso em empréstimos da

Créditos abertos com recurso de cobrança ............. 3000

Créditos abertos com recurso em saldos de

Por conta de créditos abertos com recurso

(n) O excelso foi suportado polo empréstimo da metrópele.

Nota-se que o Plano de Fomento absorveu 747 006 contos das receitas, embora se pagassem por sua conta apenas 541 354 contos.

Receitas para outros fins totalizaram 115 521 contos, mas aplicaram-se apenas 109 946 contos.

Adiante se verificará, tanto no Plano de Fomento como em outras despesas, a obra realizada durante o exercício de 1955.

A origem da receita extraordinária foi a seguinte:

Contos

Despesas extraordinárias Viu-se que no ano de 1955 se cobraram 862 527 contos de receitas extraordinárias e que se gastaram somente 651 300 contos. O que se despendeu proveio, em grande parte, de empréstimos de saldos de exercícios findos e de receitas ordinárias, como se nota a seguir:

Por conta das verbas orçamentadas ...... 488 728

Créditos abertos com recurso

em empréstimos da metrópole ............ 130025

Créditos abertos com recurso

Créditos abertos com recursos

Foram perto de 500 000 contos, originados em grande

parte em receitas ordinárias, visto os saldos serem essa proveniência.

Por exemplo, em 1955 as receitas totais ordinárias, excluindo saldos de exercícios findos (15 143 contos), subiram a 2 609 392 contos. As despesas ordinárias, também excluindo o que se pagou por força de saldos de exercícios findos (15148 contos), somaram 2363817 contos.

Os excessos de receitas sobre despesas ordinárias foram, pois, de 245 576 contos, incluindo os serviços autónomos. A despesa por conta de empréstimos foi de 130025 contos. Num mapa inserto em página anterior notou-se que, no longo período que decorreu desde 1938, as despesas ordinárias atingiram o máximo em 1955, ao todo 651 300 coutos, e também se observou que este facto se devia à intensificação de obras no Plano de Fomento, a partir de 1953.

Convém, pois, entrar um pouco mais fundo nesta matéria e apreciar cada uma dessas obras e respectivo custo.

O quadro a seguir mostra, em termos gerais, onde se gastaram as verbas das despesas extraordinárias e a sua origem orçamental.