Não têm sido felizes as circunstancias em que se desenrolam as condições de vida no Estado da, Índia nos últimos anos. Às contas reflectem as dificuldades levantadas por um país vizinho, que procura por todos os modos, incluindo o do bloqueio económico, entravar as actividades provinciais e tornar cada vez mais difícil a vida deste velho Estado Português.

O comércio externo ressente-se dessas dificuldades.

O déficit da balança comercial, que viera a diminuir desde 1950, aumentou consideravelmente em 1955 - de 23 140 000 rupias, em 1954, passou para 65 440 000 rupias, em 1955.

Este déficit, superior ao de 1951, deu-se apesar de ter havido um aumento, embora ligeiro, na exportação.

As importações passaram de 70 031 000 rupias para 131 527 000 rupias. O grande aumento nas importações parece ter sido ocasionado pelos incidentes do bloqueio. Muitas mercadorias retidas por efeito de greves em portos vizinhos e outras restrições e que deviam entrar na província em 1954 só foram recebidas em 1955. Por outro lado, a execução do Plano de Fomento exigiu o uso de utensilagem mecânica e outras mercadorias.

O reajustamento da economia indiana às novas; circunstâncias tem-se feito suavemente, apesar das dificuldades.

Os principais esteios das exportações sito os minérios de ferro e manganês. A província exportou em 1955 mais de 1 500 000 t de minério de ferro e perto de 150 000 t de minério de manganês, o que é, na verdade, interessante, sob todos os aspectos por que seja encarado. A exportação tem vindo sempre a aumentar.

Aparecem agora no horizonte nuvens carregadas sobre esta exportação. Com efeito, os acontecimentos do Suez rarefizeram a oferta de fretes, além de os encarecerem. A exportação de mais de 1 650 000 t por ano, Se for considerado o volume exportado em 1955, requer navios, que no presente momento é difícil encontrar.

Este problema terá de ser visto também à luz da situação especial da província, especialmente no que se refere ao lado político.

Comércio externo As importações e exportações no último quinquénio foram as que seguem, em milhares de rupias:

Vê-se claramente o salto brusco nas importações e no déficit. A província importa, por ordem de grandeza de valores, manufacturas diversas e substâncias alimentícias. As máquinas e aparelhos s as matérias-primas silo as mercadorias de maior relevo.

Uma lista de mercadorias importadas em .1955 mostra que o arroz sem casca ocupa posição dominante, com perto de 10 milhões de rupias. Seguem-se-lhes na escala os tecidos de algodão e seda, o açúcar e a farinha de trigo, além do cimento. Há tendências para reduzir, pela produção interna, algumas importações e bom será que continuem os esforços no sentido de melhorar a posição das substâncias alimentícias. Nas exportações predominam, como se disse, os minérios de ferro e manganês. Uma lista do que se exporta dá ideia da importância destes dois produtos.

A predominância dos minérios é manifesta. A exportação total atingiu 56 087 000 rupias. Pertenciam aos minérios cerca de 52 500 000 rupias.

Mercê de medidas tomadas no sentido de evitar dificuldades maiores, a balança de pagamentos manteve-se. Ela fui afeei tuia pelas restrições do país vizinho às remessas dos emigrantes. As receitas totais da província atingiram 278 843 contos. Houve, pois, um aumento substancial em rela-