Num orçamento em que as despesas ordinárias somam 91 500 contos, números redondos, o exame das verbas que pertencem a cada capítulo é indispensável.

Quando a província atravessa um período financeiro delicado, como no caso de Macau, pequenos desvios de verbas podem ocasionar, no fim do exercício financeiro, surpresas desagradáveis.

Assim, no momento actual, a gestão financeira da província tem de ser severa.

A economia local é influenciada bastante pelo volume das obras, dadas as dificuldades do comércio com países vizinhos.

Nas despesas ordinárias o que corresponde a encargos gerais representa, em 1955, 43 por cento do total das despesas. Os serviços de administração e fiscalização pesam um pouco menos de metade, ou 20 por cento.

A seguir se mostra a evolução das percentagens que cabem aos vários capítulos da despesa ordinária para certo número de anos.

É de assinalar a baixa percentagem no total das despesas dos encargos da dívida, que não vai além de 1 por cento. Também se nota a fraqueza em 1955 da despesa dos serviços de fomento.

Em outros capítulos houve importantes alterações nas percentagens no conjunto desde o período anterior n guerra.

No caso das aposentações a descida foi para menos de metade. Na administração geral e fiscalização a percentagem subiu para 20 por cento, de 16 que era em 1938.

Foi nos serviços de fomento, que serão mais pormenorizadamente analisados adiante, que se deu um aumento espectacular de 3 para 13,3 por cento.

Em certos anos intermédios a percentagem que lhes correspondia no conjunto das despesas ordinárias era ainda maior.

Traduzida em números absolutos, a despesa ordinária em 1955 foi de 91 529 contos, contra 30 228 contos em 1938. O índice de aumento é, assim, da ordem dos 300, na base de 100 em 1938.

Os números são os que seguem:

No exame das variações entre 1954 e 1955 há a notar maiores valias na dívida (mais 118 contos), no Governo da província (mais 25 contos), nos encargos gerais (mais 2193 contos) e nos exercícios findos (mais 217 contos). Os restantes capítulos diminuíram a sua despesa. Até há poucos anos a dívida da província era muito pequena. Reduzia-se à operação feita com o Fundo de Fomento Nacional, que em 31 de Dezembro de 1955 se fixou apenas em 29 contos. Em 1953 a província contraiu um empréstimo de 23 000 coutos, também no Fundo de Fomento Nacional, destinado ao Plano de Fomento, com início de vencimento em 30 de Junho de 1959. Haviam sido gastos 21 400 contos por força deste empréstimo até 31 de Dezembro de 1955.

Finalmente, em Novembro de 1955, a metrópole concedeu à província um subsídio reembolsável, sem juros, no montante de 66 400 contos, destinado a substituir saldos de exercícios findos que deveriam, se existissem, financiar também o Plano de Fomento.

Assim, a posição da dívida da província é a seguinte, em contos.