tações ser feito com cambiais próprios dos exportadores ou do Estado, que não saem do território.

Como conclusão pode dizer-se que a província -a sua vida económica e até financeira- sofreu muito com as variações da cotação do café e com as suas más colheitas. Também está dependente em grau sensível da falta de reexportação de produtos que, como a copra, encontram sua natural saída pela baía de Díli.

Este aspecto é sério, porque os novos hábitos da população exigem poder de compra crescente. As previsões orçamentais para 1955, tendo em couta os diplomas publicados durante o ano, fixaram as receitas em 10 680 463 patacas, ou 66 753 contos, ao câmbio de 6$25 a pataca. Cobraram-se 13 948 520 patacas, ou 87 178 contos. A diferença para mais proveio de maior cobrança nas receitas ordinárias.

Os números são como segue, em patacas:

Houve um aumento nas receitas ordinárias da ordem de 1 500 000 patacas e de cerca de 1 750 000 patacas nas extraordinárias.

Deve notar-se que em receitas ordinárias se incluem recursos provenientes de saldos de anos económicos findos, na importância de 1 184 457 patacas, ou cerca de 7403 contos. As receitas ordinárias efectivamente cobradas, isto é, excluindo os saldos de exercícios fiados mobilizados para pagamento de despesas ordinárias, impropriamente considerados como receitas ordinárias, somaram 7 820 935 patacas, que se arredondarão para 7 821 000.

Comparando a cobrança de 1955 com as dos anos anteriores, obtêm-se os números seguintes:

Receitas ordinárias em 1955 Em 1955 a diferença para mais na cobrança das receitas ordinárias foi de 73000 patacas, ou 455 contos, números redondos.

(a) A conversão foi feita ao câmbio de 6$25

Ainda houve maior valia em 1955 relativamente ao último ano, mas a cifra está longe da de 1953, em que a cobrança atingiu mais de 9,5 milhões de patacas, perto de 60 000 contos.

O fenómeno da evolução das receitas de Timor, expresso em números-índices, na base de 1938 igual a 100, tem interesse para mostrar a recuperação da província no pós-guerra: Manteve-se sensivelmente idêntica à do ano anterior a repartição da receita ordinária por capítulos orçamentais. Ela mostra que os impostos directos e indirectos atingem na província perto de 60 por cento das receitas ordinárias, em contrário do que se verificou no exame das contas da província de Macau.

À parte as taxas, a que cabem 22 por cento das receitas, os outros capítulos têm pouca influência no conjunto.

A seguir se publica a evolução das receitas ordinárias e a sua repartição por capítulos orçamentais desde 1938.

Há grande semelhança nas percentagens de cada capítulo quando comparadas com as do ano anterior, apesar de nalguns casos se ter dado diminuição sensível na receita.

Os números para 1955 são os que seguem.