O exame das previsões orçamentais na receita e despesa mostra serem idênticas. O que se recebeu e pagou é, porém, bastante diferente. Recebeu-se mais, como se viu no capítulo das receitas, e pagou-se menos, como indica o quadro acima transcrito.

A menor valia entre o que se orçamentou e pagou foi de 419 636 patacas nas despesas ordinárias e 933 912 patacas nas extraordinárias. A diferença para menos nestas últimas, em relação às orçamentadas, anda à roda de 5000 contos, ou mais de 10 por cento. Em 1955 as despesas foram menores do que em 1954 cerca de 4100 contos.

Na verdade, 1954 foi o ano de maiores despesas ordinárias desde 1938, como se verifica no quadro seguinte:

O número-índice, apesar da contracção da despesa, ainda atingiu 616.

Talvez que o período de inflação notado por volta de 1952 tivesse influído nas despesas. Contudo, se tomarmos como exacto o câmbio actual, idêntico ao daquele, e à falta de índice de preços por grosso, parece que o nível tanto das receitas como das despesas ordinárias se pode manter. Em 1955, em números absolutos, a despesa ordinária foi a que segue:

A comparação entre os diversos capítulos mostra que a administração geral e fiscalização absorve perto de 15 000 contos, ou cerca de 30 por cento do total. Outros capítulos de relevo, embora menor, são os serviços de fomento e militares e os encargos gerais. Por força de despesas extraordinárias gastaram-se verbas importantes nos serviços de fomento. A dívida da província em 31 de Dezembro de 1955 elevava-se a 4 679 125 patacas, menos 5557 patacas do que em igual dia do ano precedente. Divide-se assim:

Empréstimo gratuito para pagamento de pensões ............ 513 489

Não se inclui no quadro acima referido o subsídio reembolsável destinado ao Plano de Fomento, no total de 92 000 contos. Em 1955 a província havia já recebido 40 000 contos, equivalentes a 6 400 000 patacas, que tiveram a aplicação que adiante se mencionará.

A metrópole tem auxiliado muito a reconstituição económica da província. Deve ter contribuído para tal efeito com 106 000 contos de 1945 a 1951. Esta soma, junta a auxílios posteriores, é a base em que assenta actualmente a vida económica de Timor.

Os encargos da dívida são pequenos. Em 1955 subiram apenas a 554 contos, ou 88 709 patacas. Aumentaram ligeiramente as despesas deste capítulo, que tomaram a forma seguinte:

O acréscimo deu-se na Repartição do Gabinete e Conselho do Governo e nos transportes aéreos.

Classes inactivas O custo das classes inactivas foi de 230 051 patacas, ou 1438 contos-um pouco menos do que em 1954. A maior verba refere-se a pensões de reforma (141 394 patacas). As pensões do aposentação subiram a 88 657 patacas.

Administração geral e fiscalização Não houve grandes variações na despesa deste capítulo entre 1954 e 1955, visto ter sido de, respectivamente, 2 358 000 patacas e 2 384 000 patacas - à roda de 14 900 contos no último destes anos.

Discriminam-se a seguir as principais despesas para os dois exercícios.