João Afonso Cid dos Santos.

João Alpoim Borges do Canto.

João da Assunção da Cunha Valença.

João Cerveira Pinto.

João Luís Augusto das Neves.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim Mendes do Amaral.

Joaquim de Moura Relvas.

Joaquim de Sousa Machado.

Jorge Pereira Jardim.

José Dias de Araújo Correia.

José Garcia Nunes Mexia.

José Gualberto de Sá Carneiro.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro.

José Soares da Fonseca.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís de Azeredo Pereira.

Luís Maria Lopes da Fonseca.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel de Magalhães Pessoa.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel Maria Múrias Júnior.

Manuel Maria Vaz.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.

Mário de Figueiredo.

Paulo Cancella de Abreu.

Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.

Ricardo Malhou Durão.

Ricardo Vaz Monteiro.

Rui de Andrade.

Sebastião Garcia Ramires.

Urgel Abílio Horta.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 81 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 25 minutos.

Deu-se conta do seguinte

Exposição

«A S. Ex.a o Presidente da Assembleia Nacional. - Excelência. - O Grupo Onomástico Os Josés de Portugal, constituído com a principal finalidade de auxiliar os desprotegidos da sorte, não deixou nunca, de se compenetrar de que haveria de realizar várias iniciativas de alcance social e humanitário, para que assim mais pudesse ampliar o ambiente que se formou à volta, da sua constante actuação.

De facto, este Grupo tem acompanhado com muito interesse e sempre com desvelada dedicação todos os acontecimentos que se harmonizam com a sua finalidade e quer sejam desgraças que enlutem o País, como a que se deu com o desaparecimento de centena e meia de pescadores, no Norte, e para a qual concorreu com certa importância oferecida às famílias dos Josés que

pereceram nessa catástrofe, quer sejam iniciativas de carácter nacional, assim como a Campanha. Nacional de educação de Adultos, para a qual desenvolveu sempre larga propaganda para pôr em evidência o sou altíssimo valor e ainda, para mais, vincar esse grande, merecimento, chamando para ele a atenção de todos os portugueses, organizou nas capitais de distrito sessões solenes, com a presença de todas as autoridades locais, para distribuição de relógios ao professor José que mais alunos tivesse levado a exame nessa Campanha e ao aluno José que tivesse feito o seu exame com êxito.

Em Março passado deliberou o Grupo promover em todo o País a organização de comissões de Josés para que fosse possível realizar festividades solenes em louvor de S. José. seu patrono, com missa rezada pelos Josés falecidos, com visitas de conforto espiritual e material aos doentes dos hospitais e aos encarcerados e ainda com a, realizarão, em hora igual em todo o País, dum acto de bondado a favor dos pobres, justamente para exaltar a alma bondosa de S. José, o Bom. o Justo, o maior exemplo de ternura afectiva e de modelar chefe de família.

Esta grandiosa manifestação, que chegou a todos os cantos de Portugal e que chamou sobre si a ternura e a dedicação de Josés espalhados por todo o País e de muitos outros sem serem Josés, teve a colaboração entermecedora de todas as autoridades e um toda a parte o esforço desenvolvido cativou todas as almas boas.

Esta festa a S. José, que no País inteiro interessou todos os que se prezam de ser bons portugueses, foi o prenúncio de que a tarefa deve ser continuada, a fim de se despertar em todo o País a necessidade de ser feriado o dia l9 de Março, para se glorificar o guarda vigilante e patrono de todas as famílias, porque o carpinteiro de Nazaré foi na verdade, o cabeça e guardião da primeira família cristã e foi o pai de Jesus Cristo-homem.

S. Santidade o Papa Pio XI, em 1927, proclamou S. José o melhor e mais santo propulsor da paz entre os homens, como padroeiro de todos os homens do século xx. para assim valorizar toda a acção daqueles que desejam fortalecer a solidariedade humana no verdadeiro sentimento de Deus.

Esta realidade incontestável e inconcussa merece relevo específico na vida social portuguesa e cristã. Como se sabe, existe entre nós um dia consagrado, por tradição, à fraternidade universal (l de Janeiro), um dia consagrado à família (25 de Dezembro), outro dia consagrado à independência de Portugal e, mais recentemente, à Mocidade Portuguesa (l de Dezembro); existe um dia dedicado a Portugal e à raça (10 de Junho), um dia consagrado à Padroeira de Portugal e à mãe portuguesa -Dia da Mãe- (8 de Dezembro). No entanto, falta ainda, na ordem social e na ordem familiar, um dia próprio consagrado ao pai e chefe de família, àquele que é o guarda e protector nato da família: S. José (19 de Marco).

Parece, por isso, oportuno, conveniente e justo, na conjuntura actual da sociedade e das famílias, que todos os portugueses se unam em redor dum ideal nobre e fecundo, para solicitar da Assembleia Nacional que haja por bem instituir, de acordo com a Suprema autoridade eclesiástica, o Dia do Pai, sob o glorioso patrocínio de S. José.

Assim. Josés e não Josés, todos cristãos e portugueses de fé, o pedem e solicitam respeitosamente com as suas assinaturas, confiados em que a ,sua pretensão será salutar para o melhor dos seus sentimentos.

Marco de 1957. - Os corpos gerentes: Comissão de honra: Prof. Doutor José Cueiro da Mata, presidente -