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O exame da relação entre as exportações e importações com países estrangeiros ainda se agravou este ano, descendo de 65,4 por cento em 1954 para 62,9 por cento em 1905. A cifra representa um progresso em relação a anos anteriores a 1950, mas ainda é baixa para aã necessidades futuras, quando porventura se intensificar a importação de equipamentos, tão necessários ao renovamento económico.

Como consequência deste desnível com países estrangeiros, que, no caso dos países participantes, desceu para 58,5 por cento, a relação entre as exportações

e importações desceu para menos de 72 por cento, apesar do saldo apreciável com as províncias ultramarinas. O problema da repartição geográfica do comércio externo torna-se mais compreensível se se distribuir por origens o seu movimento.

Em 1955, como se nota no quadro a seguir, as importações provieram, em mais de 62 por cento, de países participantes, que receberam pouco mais de 51 por cento da exportação.

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Para o saldo final negativo de 3 288 000 contos concorreram os países participantes com, praticamente, 3 milhões de contos. O estudo da origem das importações por países revela que os maiores fornecedores do mercado português são a Alemanha, o Reino Unido, a Bélgica e a França. Mas a estrutura do movimento comercial entre a metrópole e cada um destes países é bastante diferente, havendo alguns, como a Alemanha, que mostram saldos positivos muito grandes.

Para 1955 os números para as importações e exportações, conforme a estatística portuguesa, são os que seguem, em milhares de contos.

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É evidente que a situação do comércio externo com a Alemanha tem de modificar-se no sentido de levar este país a comprar maior quantidade de produtos metropolitanos.

Em 1955 o déficit da balança do comércio com aquele país foi de cerca de um terço do total do deficit em conjunto.

Há, por consequência, necessidade de fazer um esforço sério no sentido de modificar a actual situação. Acresce que aã suas compras nalgumas províncias do ultramar enfermam de mal quase idêntico ao da metrópole.

Principais importações Mais de 50 por cento do total da importação, no comércio especial, são constituídos por dez produtos. Apesar dos aproveitamentos hidroeléctricos dos últimos anos, a energia é ainda o primeiro valor na importação, visto os combustíveis e óleos representarem l 262 000 contos, ou cerca de 11 por cento do total.

O acréscimo gradual provém do grande desenvolvimento do consumo de óleos utilizados em transportes e ainda do uso do motor de combustão interna, acentuado nos últimos tempos. O alargamento da distribuição eléctrica e facilidades de preço e outras medidas, nas linhas gerais já expostas nos pareceres, poderiam concorrer para menores importações de combustíveis líquidos.

No quadro adiante publicado indicam-se as principais importações.