e na Imprensa Nacional, como se verificará noutro lugar, continuou o plano de reequipamento que vem sendo executado nos últimos anos.

Direcção-Geral de Administração Política e Civil A Imprensa Nacional deixou de fazer parte deste organismo. Constitui hoje o capítulo 4.º do Orçamento. Para efeitos de comparação com exercícios anteriores, publicam-se a seguir os números relativos à Direcção de Administração Política e Civil sem o que compete àquele organismo.

Não se deram alterações sensíveis. Nos últimos quatro anos a despesa aumentou de pouco mais de 580 contos. O maior acréscimo deu-se entre 1954 e 1955 e teve lugar nas verbas de pessoal, como era de esperar.

A despesa dos governos civis anda à roda de 5500 contos e aumentou ligeiramente, mas sem grande influência no conjunto. A Imprensa Nacional de Lisboa tem sofrido ultimamente uma remodelação no seu equipamento.

E, na verdade, assim era preciso, dados os consideráveis avanços feitos pela indústria gráfica e o papel importante que este organismo deveria desempenhar na indústria portuguesa.

Os pareceres já recomendaram há anos o seu reequipamento, e têm sido atendidas gradualmente as recomendações aqui formuladas quanto à inscrição no orçamento e gasto de verbas. Mas há ainda uma questão importante e de grande interesse, que precisa de ser vista e que é a da elaboração de um plano do conjunto das oficinas.

O estudo conveniente dos trabalhos de cada secção ou divisão, a harmoniosa coordenação dos seus objectivos e a compra de máquinas e outra aparelhagem que os satisfaçam rapidamente são grandes necessidades deste organismo, como, aliás, de todos os organismos com carácter industrial semelhante.

A Imprensa Nacional tem uma tradição de qualidade e necessita de organizar-se no sentido de produzir em tempo adequado os trabalhos que lhe são confiados.

Em 1955 a despesa elevou-se a 17 972 contos, mais 2488 contos do que no ano anterior.

Mas o exame em pormenor desta despesa revela que o grande acréscimo se deu na rubrica máquinas e utensílios. Quer dizer, o acréscimo foi utilizado no reequipamento da Imprensa.

O que se gastou em matérias-primas e produtos semiacabados, como papel, tintas e outras, foi menos. Esta rubrica oscila bastante de ano para ano. Seria de vantagem montar a escrita que pudesse atender a estas oscilações e indicar também facilmente os resultados da exploração.

No quadro seguinte mostram-se algumas despesas da Imprensa Nacional em 1955.

Como se nota nas cifras, o aumento de despesa foi ainda menor do que o que a mais se gastou na compra de máquinas e outro equipamento.

Segurança pública Continua a aumentar a despesa da segurança pública. Em 1955 o acréscimo foi muito grande - da ordem dos 13 000 contos - e deu-se tanto na Guarda Nacional Republicana como nas polícias. Uma das razões está no desenvolvimento do serviço com a criação de postos e subpostos (Guarda Nacional Republicana) e melhor organização da polícia na capital e nos distritos.

O maior aumento deu-se na Polícia de Segurança Pública, e proveio da última reforma. A verba de conjunto divide-se assim:

Saúde e assistência públicas O parecer dos anos anteriores tem aludido com certo pormenor ao desenvolvimento das verbas destinadas à saúde e à assistência públicas. Considerou sempre este capítulo como um dos mais importantes das contas. E, na verdade, o bem-estar físico da população, além dos reflexos de ordem moral, concorre bastante para melhorias de natureza económica, que, por sua vez, vêm afectar o bem-estar geral.