território, com zonas susceptíveis de absorver bem maiores contingentes de raça branca. A situação demográfica melhorou apreciavelmente em 1955, apesar da subida da taxa de mortalidade infantil e global, que espera-se seja transitória. O saldo fisiológico aumentou bastante, assim como o saldo líquido. Se o País quiser continuar a desempenhar a sua missão histórica de criador de novos países, e ao mesmo tempo desenvolver a economia interna, a população terá de aumentar.

Deverão fazer-se todos os esforços no sentido de reduzir as taxas de mortalidade, e adoptar os meios possíveis para melhorar a taxa da natalidade. Ao mesmo tempo deve prosseguir o trabalho de preparar os emigrantes e assegurar-lhes nos países de destino o lugar que merecem. Mas os problemas da população não se circunscrevem apenas às taxas de mortalidade e natalidade e aos saldos líquidos.

Parece ser absolutamente necessário tomar medidas que respeitem ao regime alimentar. Esta questão está ligada evidentemente ao desenvolvimento económico do País, e em especial à repartição de rendimentos e sua criação. Mas parece não ser impossível melhorar substancialmente a dieta por educação, propaganda e organização mais adequada.

Pareceres anteriores estudaram já este assunto com certo pormenor, e o problema tem sido debatido nos últimos tempos construtivamente. O aumento de despesa, este ano, na Direcção-Geral de Saúde foi de 3197 contos. O total atingiu 33 833 contos.

A maior parte do acréscimo de despesa deu-se nos subsídios a diversos estabelecimentos e delegações e subdelegações de saúde, como se nota no quadro seguinte:

(Ver quadro na imagem)

(a) A diferença para mais é resultante do aumento de subsídios atribuídos aos serviços anti-automáticos, Dispensários Centrais de Higiene Social de Lisboa e Porto e outros organismos especiais de sanidade.

Apesar do aumento nas despesas quando se comparam as cifras com o período anterior à guerra - o que é para louvar em matéria de tão grande interesse para a comunidade - ainda há vasto campo para o desenvolvimento da despesa.

E sobretudo na província que se faz sentir mais a falta da influência das autoridades sanitárias, e já acima se aludiu a algumas importantes repercussões dessas faltas.

Pessoal de saúde A assistência médica não é ainda o que podia ser, em parte devido à tendência para a concentração dos médicos e outros agentes sanitários nas grandes cidades. Esta tendência, assinalada quase todos os anos nos pareceres, continua a manter-se, como se observa no quadro seguinte, que dá a distribuição dos médicos no País.

(Ver quadro na imagem)