Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização A obra realizada por esta Direcção-Geral, na parte que se refere aos melhoramentos rurais, foi certamente uma das mais interessantes nos aspectos político e económico dos últimos vinte anos.

As verbas têm sido escassas. Inscreve-se no orçamento a dotação de 40 000 contos. Durante muitos anos foi menor. Em 1955 foram abertos créditos durante o ano, que elevaram a dotação ordinária e extraordinária para 81 873 contos, compreendendo 1000 contos utilizados na urbanização da zona da Torre de Belém, a que se aludiu no capítulo relativo a edifícios e monumentos.

Desta quantia couberam a melhoramentos rurais 53 568 contos, a abastecimentos de água às sedes dos concelhos 10 000 contos, a casas para famílias pobres 1500 contos e, finalmente, a urbanização 4000 contos.

Os totais de 1954 e 1955 são sensivelmente iguais: 79 813 contos no primeiro daqueles anos e 81 873 contos no segundo. O problema dos melhoramentos rurais - visto através da secura dos números - pesa com 53 568 contos, ou menos de l por cento, num orçamento da ordem dos 7 300 000 contos de despesas. E se forem adicionados os gastos ordinários e o que se despende em urbanização, abastecimento de água a concelhos e casas para famílias pobres, a percentagem pouco ultrapassa l por cento.

Há seguramente um paradoxo neste facto. O paradoxo diz respeito tanto ao aspecto político como ao económico da magna questão do progresso rural.

A acrescentar às verbas acima mencionadas há a comparticipação do Fundo do Desemprego, todos os anos indicada neste lugar.

Os pareceres desde o seu início têm mostrado a necessidade de elevar o nível de vida das populações rurais dos pequenos aglomerados, que, através de longos anos de inércia, jazeram concentrados sobre si próprios, sem comunicações adequadas, com falta de rudimentares meios de higiene.

Os seus progressos dependiam das verbas disponíveis nos pequenos orçamentos municipais e essas eram limi-