(Ver tabela na imagem)

Aos distritos de Lisboa e Porto coube, no total das comparticipações, um pouco menos de um quarto. Quase todos os restantes distritos tiveram dotações inferiores a 80 000 contos. Apenas os distritos de Aveiro, Braga e Setúbal oferecem cifras superiores a esta quantia. No caso das estradas municipais e caminhos públicos as cifras de cada distrito suo mais homogéneas.

Os distritos de Aveiro, Beja, Portalegre e Porto tiveram comparticipações superiores àquela quantia nos onze anos que decorreram desde 1945. A vida financeira dos municípios está estreitamente ligada aos problemas que correm pela Direcção--Geral dos Serviços de Urbanização.

Os saldos devedores das câmaras municipais em 31 de Dezembro de 1905 somavam 919 981 contos. Os empréstimos contraídos eram de quantitativo maior.

A falta de comparticipações ou outros motivos conduziram ao não levantamento da totalidade dos empréstimos.

Não se tratará agora dos inconvenientes deste processo de financiamento e da falta de sincronismo entre as autorizações para contraí-los e o regime de comparticipações.

Mais de metade dos saldos devedores eram da responsabilidade das Câmaras Municipais de Lisboa e Porto.

Os números são os que seguem:

(ver tabela na imagem)

As duas grandes cidades do País, além de usufruírem, como se nota, larga parte das comparticipações, ainda absorvem mais de metade dos empréstimos concedidos aos municípios. Se forem considerados os saldos utilizados por grupos de cidades, obtêm-se os seguintes números:

(Em contos)

Total ..... . 480615

Vila Nova de Gaia .......... . 21 939

Total ..... . 129345

Outras câmaras do continente ...... 282 026

Câmaras das ilhas ........... 27 995

Total geral .......... 919 981

A percentagem de Lisboa e Porto nos saldos devedores das câmaras municipais em 1955 era, viu-se, de 52,2. No quadro acima transcrito nota-se que os oito concelhos mencionados absorveram 129 345 contos e que o resto das câmaras do País tinham saldos credores de apenas 282 026 contos, ou cerca de 64 por cento de Lisboa e Porto.

Os inconvenientes que resultam para o progresso regional da verificação destes factos e dos que se se-