Direcção-Geral do Ensino Nos serviços do ensino a verba maior diz respeito aos subsídios às missões católicas e aos padroados, que totalizaram 11 660 contos.

No quadro seguinte indicam-se as despesas discriminadas por capítulos:

Contos

Subsídios aos padroados e às missões católicas portuguesas .......... 11 660

Nos gastos de pessoal e material deram-se pequenos aumentos em relação a 1954. O acréscimo mais pronunciado foi nos encargos, que passaram de 10 734 contos para 11 660 contos.

Contribuição do ultramar As províncias ultramarinas contribuíram com 48 402 contos, números redondos, para as despesas feitas na metrópole em organismos que se relacionam com as suas actividades. As maiores verbas, um pouco menos de metade, respeitam à Junta das Missões Geográficas e de Investigações do Ultramar. Vêm a seguir, com importâncias do certo relevo, o Instituto de Medicina Tropical e o Hospital do Ultramar.

No quadro seguinte discriminam-se as dotações de cada um dos organismos, assim como as verbas com que para eles concorreu cada província.

Como se nota, Cabo Verde não comparticipou na despesa. Das restantes, Angola, com 21 350 contos, e Moçambique, com 18 893 contos, são as que representam maiores volumes de contribuição.

A Junta das Missões Geográficas e de Investigações do Ultramar, o Instituto de Medicina Tropical e o Hospital do Ultramar, já mencionados, são os três organismos com maiores verbas, seguidos pela Agência-Geral do Ultramar. Com o desenvolvimento das províncias e a necessidade de estudos e investigações, há-de possivelmente acentuar-se a contribuição ultramarina para institutos e organismos situados na metrópole. Tendo apenas em conta as dotações do Ministério, a sua despesa ordinária em 1955 atingiu perto de 600 000 contos (587 398 contos).

A evolução dos gastos deste Ministério foi rápida a partir do fim da guerra. Em 1950 a despesa ordinária não atingia 45O 000 coutos. Assim, o caminho andado desde aquela data tem sido bastante apreciável.

A maior dotação nos Serviços é a do ensino primário, que passou de menos de 10000 contos em 1938 e pouco mais de 200 000 contos em 1950 para 278 538 contos em 1955.

Além das verbas destinadas a esta modalidade de ensino, há outras inscritas no Ministério das Obras Públicas para instalações diversas, e entre elas merece relevo especial a construção de edifícios escolares.

A própria grandeza das necessidades faz prever progresso lento nas dotações, dadas as dificuldades nas receitas, mas nunca deve ser esquecida a ideia de que o que se gasta com a educação e o ensino é altamente reprodutivo.

Parece haver o bom desejo de melhorar tanto quanto possível as verbas. Essa melhoria satisfaz as aspirações o parecer, repetidas vezes enunciadas. Também é alta a dotação do ensino superior, mas ela está muito aquém das necessidades. A atenção neste aspecto tem sido orientada especialmente para a instalação de escolas, para novos edifícios do ensino superior - as Cidades Universitárias de Coimbra, Lisboa e Porto e outros edifícios escolares nas duas maiores cidades.

Mas há um aspecto muito importante, aqui acentuado muitas vezes, relativo à investigação científica. Sem haver o propósito de repetir o que já foi escrito neste lugar há bastantes anos, parece haver necessidade de