Em 1948 as receitas da rede do Estado não atingiam 80 000 coutos. O caminho andado desde essa data é bastante grande, visto que as receitas em 1955 se arredondaram em 177 000 contos, mais 12 304 contos do que em 1954.

A rede tem-se desenvolvido e o número de postos telefónicos do Estado tem aumentado bastante, atingindo 85 820 coutos em 1955, que se podem comparar com pouco mais de 18 000 contos em 1938, como se verifica a seguir:

Os números são os que seguem:

(Ver tabela na imagem)

Com o plano de alargamento agora em execução ainda as receitas se hão-de acentuar mais nos próximos anos. As receitas da telegrafia nacional diminuíram, como tem acontecido nos últimos anos. Embora não seja grande, o decréscimo revela contudo uma tendência que convém vigiar.

Neste ano a telegrafia internacional e a radiotelegrafia acusam um aumento de 6917 contos. Mas o aumento é aparente, porque inclui 4500 contos relativos a telegramas a crédito pagos à companhia transmissora.

Rectificando os números, poderia dizer-se que em 1954 a receita foi de 31 217 contos e em 1955 desceu para 29134 contos. O resto é preenchido com as receitas da radioelectricidade e diversas.

(Ver tabela na imagem)

Receitas totais Gomo se notou, as receitas somaram 509 206 contos e foram as mais altas atingidas até hoje.

Viu-se também que mais de metade das receitas provieram dos serviços postais.

A repartição das receitas por explorações teve a forma seguinte em 1955:

(Ver tabela na imagem)

As receitas da telegrafia nacional e internacional e diversos somam um pouco mais de 10 por cento. O resto, ou cerca de 90 por cento, pertence aos serviços postais e telefónicos. Contudo, a gradual subida na exploração telefónica tem concorrido muito para a estabilidade e equilíbrio das contas desta Administração-Geral. O acréscimo de despesa em 1955 somou 19 722 contos e, como o aumento das receitas no ano foi de 38 054 contos, houve um saldo apreciável.

As despesas dividiram-se do modo que segue.

(Ver tabela na imagem)

Às duas rubricas mais importantes são as de pessoal e pagamento de serviços, que representam 449 883 contos, num total de 470 205 contos.

O maior aumento deu-se em pessoal. Nos encargos houve diminuição proveniente de razões adiante mencionadas. A actualização de vencimentos, como em outros serviços do Estado, resultante de ter o suplemento sido englobado na base de 100 por cento, trouxe acréscimo na despesa do pessoal dos quadros e suplementar da ordem dos 21 000 contos.

Outras razões de menor importância explicam o resto que se observa no aumento de despesa nesta rubrica.

Podem discriminar-se do modo que segue as despesas de pessoal.

(Ver tabela na imagem)

Também o abono de família aumentou cerca de 2100 contos.