Reconhecida a enorme importância que para nós tem o mercado europeu e admitindo que poderemos ter a necessidade de um entendimento com a zona livre, pareceu-nos conveniente averiguar qual a nossa força de negociação comercial perante esse bloco. Para a medir, ainda que grosseiramente, procuraremos determinar a posição dos mercados metropolitanos e ultramarinos no mercado europeu.

A posição do mercado metropolitano no mercado europeu Para se formar ideia da posição da metrópole no mercado europeu foram elaborados os quadros XLVII E XLVIII.

O primeiro regista o valor da importação anual média no período de 1952-1955 realizada pelos blocos zona livre (dividida esta em mercado comum e restantes países), Estados Unidos e Canadá de todas as partes do mundo e determina a parte que à metrópole cabe no abastecimento desses blocos.

Não se quis averiguar da medida em que cada um dos blocos precisa de recorrer a mercados que lhe são estranhos, mas sim as necessidades de importação de cada um dos países que os compõem. E isto porque os agrupamentos europeus em formação não têm por enquanto outro significado que não seja o de constituírem zonas de comércio preferencial: as unidades reais continuam a ser os países que os integram. Dentro desta orientação, os números referentes à importação, por exemplo, do mercado comum traduzem o somatório das importações que cada um dos países que o constituem efectuou de todas as origens, incluindo as importações realizadas dos outros membros do grupo.

O quadro XLVIII, seguindo o mesmo critério, revelar-nos-á a importância que o mercado metropolitano tem como consumidor dos excedentes dos países referidos.

Fornecimentos feitos pela metrópole

(Média de 1952-1955)

2) Importação proveniente da metrópole.

3) Percentagem do 2/1. A insignificância da nossa posição de abastecedores do mercado europeu e americano é evidente: a metrópole fornece 0,3 por cento dos produtos importados pelos seis países do mercado comum; não atinge posição correspondente a esses três décimos como abastecedora dos restantes países da zona livre e participa em 0,2 por cento nas compras que os Estados Unidos e Canadá fazem ao estrangeiro.

Se pormenorizarmos a observação, descendo ao exame dos diversos grupos, verificamos que: Apenas num dos nove grupos considerados - o das bebidas e tabacos- ocupamos posição superior a l por cento;

b) Embora no conjunto dos produtos alimentares a nossa posição seja insignificante; encontra-(...)