mos dentro deste grupo dois postos altamente significativos: as conservas de peixe e os frutos secos. Fornecemos 24 por cento do total da importação de conservas no mercado comum e 12 por cento do total médio anual adquirido pelos países da zona livre. Participamos com cerca de 5 por cento no abastecimento europeu de frutos secos;

c) No tocante a bebidas alcoólicas a nossa participação nas compras do mercado comum e da zona é de, respectivamente, 2 e 7 por cento;

d) Embora a nossa posição seja irrelevante no conjunto das matérias-primas, dentro deste grupo se encontra a maior participação portuguesa relativa no abastecimento do mercado europeu e americano: são fornecidos pela metrópole 34, 60 e 51 por cento da cortiça bruta adquirida pelos três blocos considerados;

e) À cortiça em obra é dada a única posição destacada de Portugal entre os fornecedores de artigos manufacturados.

Conclui-se, assim, que, além de não termos peso no conjunto, não nos cabem posições dominantes no abastecimento da Europa em qualquer matéria-prima ou produto, a não ser nas conservas de peixe e na cortiça em bruto e em obra. E só a cortiça se pode considerar -e essa mesmo não se sabe por quanto tempo- produto essencial.

Não se entrou em linha de conta com as nossas possibilidades de fornecimento de minérios para a produção de energia nuclear. E este um aspecto do problema que não deve esquecer-se, embora se saiba que o grupo dos seis pensa garantir o seu abastecimento a partir das produções de urânio, thorianite, glucimium e grafite do Congo Belga, Madagáscar e, possivelmente, Hoggar. Resta agora avaliar em que medida o escoamento da produção europeia depende do consumo português.

Ajudam a esclarecer este ponto os elementos reunidos no quadro XLVIII.

Fornecimentos feitos a metrópole

(Média de 1952-1955) Exportação total do cada um dos países que formam o grupo.

2) Exportação desses países para a metrópole.

3) Percentagem de 2/1.

Também entre os consumidores dos excedentes europeus, considerados estes na sua totalidade, a metrópole ocupa posição cuja expressão percentual não atinge 1 por cento.

Posição idêntica se verifica em relação a todos os grupos, desde os produtos alimentares às matérias-primas, aos produtos manufacturados e equipamento.

O exame de elementos mais pormenorizados leva-nos a encontrar meia dúzia de produtos, como as fibras sintéticas, os produtos farmacêuticos, adubos azotados, produtos químicos, ferro e aço, máquinas e automóveis, em que a nossa importação se situa entre 2 e l por cento da exportação total dos países que eventualmente constituirão a zona livre. Mas esses volumes, se têm algum