Fernando António Munoz de Oliveira.

Fernando Cid Oliveira Proença.

Francisco Cardoso de Melo Machado.

Francisco José Vasques Tenreiro.

Frederico Bagorro de Sequeira.

Henrique dos Santos Tenreiro.

Jerónimo Salvador Constantino Sócrates da Costa.

João Augusto Dias Rosas.

João Carlos de Sá Alves.

João Cerveira Pinto.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim Mendes do Amaral.

Joaquim Pais de Azevedo.

Joaquim de Pinho Brandão.

José António Ferreira Barbosa.

José Dias de Araújo Correia.

José Fernando Nunes Barata.

José de Freitas Soares.

José Garcia Nunes Mexia.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Hermano Saraiva.

José Manuel da Costa.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José Rodrigo Carvalho.

José Rodrigues da Silva Mendes.

José dos Santos Bessa.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro.

José Soares da Fonseca.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Tavares Neto Sequeira de Medeiros.

Manuel Colares Pereira.

Manuel José Archer Homem de Melo.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Maria Sarmento Rodrigues.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel Seabra Carqueijeiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Tarujo de Almeida.

D. Maria Irene Leite da Costa.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Angelo Morais de Oliveira.

Mário de Figueiredo.

Martinho da Costa Lopes.

Paulo Cancella de Abreu.

Purxotoma Ramanata Quenin.

Ramiro Machado Valadão

Rogério Noel Peres Claro.

Sebastião Garcia Ramires.

Simeão Pinto de Mesquita de Carvalho Magalhães.

Urgel Abílio Horta.

Venâncio Augusto Deslandes.

Virgílio David Pereira e Cruz.

Vítor Manuel Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

O Sr. Presidente:- Estão presentes 96 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 20 minutou,

O Sr. Presidente:- Estão em reclamação os n.os 24 e 25 do Diário das Sessões.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Como nenhum dos Srs. Deputados deseja fazer qualquer reclamação, considero aprovados os referidos números do Diário das Sessões.

Deu-se conta do seguinte

Da Câmara Municipal de Vila do Conde a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Rodrigo de Carvalho a favor das aspirações da referida vila.

Do Sindicato da Construção Naval de Vila do Conde no mesmo sentido.

De João Valdês de Magalhães a apoiar as considerações do Sr. Deputado Franco Falcão em defesa dos povos da Beira Baixa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Camilo Mendonça.

O Sr. Camilo Mendonça: - Sr. Presidente: pedi a palavra para exprimir algumas preocupações que a situação da lavoura e da população de Trás-os-Montes, particularmente do distrito de Bragança, me inspira e a esse respeito fazer um apelo aos Srs. Ministros da Economia e das Obras Públicas.

Tenho, por mais de uma vez, ouvido vozes autorizadas de ilustres colegas trazer a esta Câmara situações de angústia ou de dificuldade desta ou daquela zona e pedir auxilio do Governo nesta ou naquela emergência.

Ao relembrar esses apelos pergunto a mim próprio se tantas vezes não estarão as duras terras transmontanas em situação idêntica, sofrendo as gentes consigo mesmas, entre uma contida esperança em melhores dias e uma conformação com as agruras do clima, os desfavores da sorte, as contingências da vida económica moderna, como se foram desígnios da Providência.

Quer seja esta ou outra a explicação para o nosso silêncio, embora o nosso jeito seja mais para conquistar do que para pedir, arreceio-me de que quantos tiveram mais sorte com o clima, o solo, o local e a riqueza cheguem a considerar-nos búdicamente satisfeitos ou pelo menos fatalistamente aquietados.

Entendi, por isso, quebrar um silêncio que não traduzia felicidade, mas antes tem encerrado pesado sofrimento.

Sr. Presidente: desde há anos vem a agravar-se sucessivamente a situação das gentes transmontanas.

Apesar do ingente esforço dos seus filhos, lutando com os desfavores do solo, agricolamente pobre, do clima áspero, do relevo acidentado, da distância aos grandes centros consumidores, da completa ausência de indústrias que assegurem trabalho e consumo a novas produções, de uma hesitante exploração mineira, não obstante a grande riqueza do subsolo, apesar do esforço, dizia, dos seus filhos em tudo quanto podem e não podem, tem-se acentuado cruamente uma dolorosa alternativa : emigrar, tentando a sorte nas promissoras terras de Angola e Moçambique ou nesse encantado Brasil, ou permanecer, aceitando, com maior ou menor alegria, continuar a empobrecer ...

Vozes: - Muito bem!

O Orador:-Pela emigração vão saindo os mais novos, os melhor apetrechados, os elementos de maior espírito de iniciativa e capacidade de trabalho, deixando com saudade, tantas vezes, mulheres, velhos e crianças. Por este processo despovoam-se aldeias, reduzem-se mais as possibilidades de preparar melhores dias, chegando mesmo, num ou noutro caso, a criar-se sérias (...)