O quadro dá com clareza a diminuição das receitas públicas em conjunto e a recuperação nos últimos anos.
Capitação das receitas
A população evolucionou no sentido indicado na primeira coluna da tabela inserta mais adiante. Diversos factores influíram no sentido de retardar o seu crescimento, sobretudo a partir de 1948.
A capitação das receitas ordinárias ultrapassou os 800$ a partir de 1955.
Não estão à vista elementos que permitam comparar com a capitação de outros países. Mas a nossa deve ser certamente uma das baixas da Europa.
Os números são os que se seguem:
A variação de 17$20 na capitação, em escudos de 1956, é uma das menores dos últimos anos. Traduzida em escudos de 1938, dá apenas 6$.
Este índice vem confirmar o que acima se escreveu sobre a carga, tributária.
Origem das receitas
A seguir indicam-se as receitas ordinárias e extraordinárias e respectivas variações em relação a 1955:
O grande aumento nas receitas ordinárias compensou amplamente a diminuição de perto de 300 000 contos nas receitas extraordinárias. A diminuição nestas proveio essencialmente de menor recurso ao crédito, pois que os empréstimos baixaram de 510 706 contos para 274 926.
Não houve recurso a saldos de anos económicos findos, como se verifica no quadro seguinte:
Saldo
Vê-se que a grande diferença positiva entre as receitas e despesas ordinárias - da ordem dos 1 473 000 contos - teve, em contrapartida, uma diferença negativa de 1 433 000 contos entre as receitas e despesas extraordinárias.
Parece que as receitas no orçamento de 1956 foram calculadas em termos bastante seguros. Com efeito, a diferença entre o que se orçamentou e cobrou atingiu pela primeira vez este ano 1 milhão de contos ou um sexto do orçamentado.
No quadro a seguir inscrevem-se as receitas ordinárias orçamentadas e cobradas, com as respectivas diferenças, durante uma longa série de anos.