São de notar os anos que decorreram desde 1952, em que as diferenças para mais atingiram sempre cifras superiores ou vizinhas de 700 000 contos, com excepção dá 1954. Neste ano, contudo, a maior valia foi superior a 600 000 contos.
Procurar-se-á determinar adiante, ao examinar cada capítulo em pormenor, a causa do salto brusco em 1956.
A seguir determinam-se as diferenças entre receitas e despesas extraordinárias e indirectamente o excesso das despesas.
As receitas extraordinárias, excluindo-os, foram, pois, de 59 161 contos.
Se forem subtraídos os empréstimos das receitas extraordinárias, o total das receitas públicas foi da ordem dos 7 362 000 contos, como se nota no quadro seguinte:
Origem das receitas ordinárias
A fim de comparar a evolução dos diversos capítulos orçamentais de receitas, publica-se a seguir um quadro que a mostra para certo número de anos.
Pelo quadro se notam as vicissitudes por que têm passado as receitas ordinárias num longo período.
Em quase todos os capítulos houve aumentos superiores ao do índice dos preços desde o ano anterior à guerra, o que, aliás, era natural, dado o desenvolvimento económico do País durante esse tempo. Mas um exame da evolução na base de 100 igual a 1938 indica o carácter errático dos diversos capítulos orçamentais.
O quadro acima transcrito pode ser repetido e é elucidativa a sua repetição. Em vez dos valores absolutos inscrevem-se nos diversos anos os índices reportados a 1938. Examinando um por um os resultados obtidos para os diversos capítulos orçamentais, mostram-se mais claramente os efeitos da guerra, com as grandes desvalorizações na moeda, e a influência do surto dos preços e da actividade interna no período instável dos acontecimentos da Coreia.