Como se viu acima, o índice de aumento ultrapassa o índice dos preços por grosso e atinge 315 da base de 1938 igual a 100.
No quadro a seguir inscrevem-se os impostos directos dos dois últimos anos e os de 1938 com os respectivos aumentos.
O exame das cifras indica progresso sensível em todas as rubricas que formam o capítulo, com excepção da de diversos, que, aliás, não tem grande projecção. As reminiscências do imposto de salvação pública desaparecem em 1956.
O aumento mais importante teve lugar na contribuição industrial, que, como em anos anteriores, vem acentuando a sua influência nos impostos directos. Em 1956 rendeu mais 48 723 contos do que no ano anterior. Logo a seguir aparece, com grande peso no conjunto do aumento, o imposto sobre as sucessões e doações, com cerca de 42 215 contos. Este imposto está a atingir a casa dos 400 000 contos.
Também o imposto complementar teve acréscimo sensível, embora ainda menor do que deveria ser, que se cifrou em cerca de 25 877 contos. O seu total subiu para
As restantes maiores valias são muito menores, com excepção do imposto sobre a aplicação do capitais, com o aumento da ordem dos 14 542 contos.
Num total de 2 283 924 contos, estas quatro rubricas atingem 1 800 000, números redondos, como se nota no quadro a seguir:
Os quatro grandes grupos representam perto de 80 por cento dos impostos directos.
Dos restantes têm projecção o imposto sobre a aplicação de capitais e os de sisa e profissional, o primeiro com 185 951 contos e o segundo com 175 745. Ambos têm vindo a crescer apreciavelmente nos últimos anos.
O imposto profissional, com 95 408 contos, aumentou cerca de 5773 em 1956.
A contribuição predial, que representou durante muitos anos uma percentagem importante nos impostos directos, vizinha da contribuição industrial, recuou sensivelmente.
Já hoje é ultrapassada pelo imposto sobre as sucessões e doações.