Em 1906 a receita do capítulo ultrapassou os 411800 contos, mais 32 750 coutos do que em 1955. A cifra dó uno em exame foi a maior registada até agora.

Os números para as receitas do imposto sobre as diversas indústrias que formam o capítulo são os que seguem:

Todos os impostos sobre indústrias em regime especial melhoraram, com excepção do que recai sobre o álcool e aguardente e a indústria dos fósforos. Em ambos os casos, sobretudo no primeiro, que tem vindo a diminuir desde 1954, o problema necessita de ser revisto.

Quanto a álcool e aguardente, parece paradoxal a distribuição do imposto. O caso do álcool é daqueles que precisa de cuidadosa planificação. No caso de se pretender desenvolver certas indústrias químicas, o álcool ,é a sua base, e no estado actual da indústria não será possível fazê-lo.

Cervejas Melhorou muito o imposto sobre a indústria da cerveja. Houve progressos sensíveis na produção e consumo e é natural que continue a melhorar, dada a tendência que se manifesta no consumo de bebidas.

A receita, de 12 287 contos, mais 2452 do que em 1956, foi a maior atingida até este ano.

Seguros A indústria dos seguros também produziu mais 2226 contos do que em 1955, atingindo 27 567 contos. Recentes tendências, sobretudo no caso do seguro de acidentes de trabalho, indicam mais progressos neste imposto.

Minas A exportação de volfrâmio aumentou para 290 000 contos em 1956, mais 6000 contos do que em 1955. Outros produtos mineiros reforçaram esta receita.,, que subiu 2395 contos em relação a 1955, atingindo 15 319, o que a aproxima do maior valor obtido em 1953, ou 17 280 contos. O aumento em 1956 reflecte a alta exportação de conservas, que, como se viu acima, ultrapassou 1 milhão de contos. Foram mais 5099 contos do que em 1955, tendo o total do imposto atingido 66 625 contos. As .previsões do ano passado materializaram-se, mas tudo indica que, a não sobrevirem acontecimentos, internacionais de relevo, não seja possível melhorar sensivelmente este imposto. As receitas para o Estado da indústria dos tabacos aproximam-se de 450 000 contos. A maior parte provém de direitos aduaneiros. O imposto por este capítulo subiu em 1956 a Í60 058 contos, ou mais 9807 coutos do que em 1955.

O total cobrado por motivo do consumo do tabaco, que se elevou em 1956 a 444 520 coutos, proveio dos seguintes impostos e outras origens:

Proveniência do tabaco Continuamos a ser tributários dos Estados Unidos e doutros países pelos consumos do tabaco, e não se compreendem bem as causas que obrigam ao dreno de somas elevadas, que, pelo menos parcialmente, poderiam ser desviadas para Angola e Moçambique. O problema tem sido agitado há bastantes anos, e nestes pareceres se apontam há mais de uma década a conveniência e as vantagens de o resolver em proveito dos interesses nacionais.

Poucos resultados se tom obtido destes esforços, porque as produções de Angola e Moçambique só fracamente encontram saída para a metrópole.

Nem o caso da Rodésia, vizinha de Moçambique, que em pouco tempo criou uma cultura de tabaco que lhe permite volumosas exportações, conseguiu despertar a iniciativa de lhe seguir o exemplo.

Moçambique já possui instalações de secagem modernas, e não é difícil nem dispendioso alargá-las a outras zonas fora do Niassa, onde também se pode produzir tabaco em boas condições. Em Angola já está provada a possibilidade de cultura rendosa.

Parece que as dificuldades residem na falta de consumo da metrópole, que adquiriu o hábito de importar dos Estados Unidos a maior parte dos seus tabacos.